Cristo a nossa Páscoa

Leitura: João 8.32 “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.

Áudio: Cristo a nossa Páscoa

Será que é possível um mesmo evento ter vários significados? Numa cultura tão diversificada como a nossa. A resposta é sim “Um evento pode ter vários significados”. E a “Páscoa” é um exemplo disso!

A muita confusão sobre o significa da Páscoa, há muitas ideias embutida na páscoa. E boa parte desta “Confusão” a culpa também é nossa

Vivemos numa sociedade marcada por inversão de valores e inversão de verdades. Aquilo que é verdade para você... Pode ser que não seja verdade para mim... Aquilo que é verdade para você... Pode ser que nem mesmo seja uma verdade. Talvez seja um mito, uma superstição, apenas uma propaganda comercial.

Se alguém quisesse trocar o significa de Evento como a “Páscoa” teria que ter uma proposta atraente e interessante: Alias todas as propostas que vem para nós para inverter verdades são atraentes e interessantes.

Colocaram “Chocolate num ovo de coelho que não bota ovo” para trazer um suposto significado de “Prosperidade”. É um apelo cruel... Porque a gente gosta disso... A gente curte coelhinho... E chocolate a gente gosta de montão... É legal... É colorido... Qual criança não aceitaria um simples ovo da páscoa? Qual de vocês rejeitaria um ovo da páscoa?

Essa questão de coelhos da páscoa foi trazida para as Américas por imigrantes alemães no final do século 17. Ideia principal é “Fertilidade”. Os povos escandinavos usavam o “coelho” para representar a chegada da primavera. O coelho é símbolo de “Fertilidade” devido ao fato que os coelhos se reproduzem rapidamente e em grandes quantidades. Esse costume dos antigos povos alemães, também traz muitas superstições. Na mitologia germânica à deusa “Easter”, Também representava a “Fertilidade”. Suas sacerdotisas usam uma lebre, não coelho para dizer o futuro daqueles que às consultavam, tipo “Necromantes”. Até nos dias de hoje, “Os ovos” entre os povos germânicos é bem aceito para representar a “Fertilidade”. Porém por uma questão comercial, os simples “Ovos” não seria um produto de resposta financeira, mas “Ovos de Chocolate” seriam como de fato o é.

Mas por detrás de toda essa mascara supersticiosa, mitológica e comercial. Existem verdades perenes, mas que foram esquecidas, verdades que foram misturas, verdades que foram enfraquecidas...

O que é Páscoa? O que significa? O representa para nós? Acredito que exista um texto que melhor representa o sentido da páscoa...

A palavra “Pascoa” tem aproximadamente 04 mil anos e é de origem hebraica. O Contexto é a Escravidão no Egito, como retratada na musica, “Libertou Moisés, o povo” cantado pelas crianças.

O povo judeu foi incumbido de observar a Páscoa como uma festa solene e memorial. Em reconhecimento ao Êxodo... Em reconhecimento a Liberdade da dura escravidão imposta pelo Faraó...

A primeira páscoa foi celebrada na terra do Egito. Você consegue imaginar depois de 430 anos de escravidão surge uma nova expectativa. A expectativa de uma nova vida para um povo que foi torturado, massacrado, violentando por séculos?

É justamente dentro desse contexto de escravidão e liberdade que Deus no seu plano eterno desenhou a forma como ele libertaria o povo do Egito.

No registro bíblico, Deus concede a Moisés poderes sobrenaturais, para dar testemunho de que Deus queria o povo fora do Egito. Foram 10 sinais... 10 milagres administrados por Moises... Foram exatamente 10 pragas. 10 Castigos que Moisés aplicou contra o Egito:

•         Águas em sangue
•         Rãs
•         Piolhos
•         Moscas
•         Praga nos Animais
•         Sarna que rebentava em úlceras
•         Saraiva
•         Gafanhotos
•         Trevas
•         Morte dos Primogênitos que dá origem a Páscoa

Isso não foi acidental, não foi um acaso, nem um imprevisto, mas um plano bem elaborado da parte de Deus. Páscoa é um verbo hebraico que significar “Passar ou Saltar por cima”

Deus havia instruído a Moisés que cada família deveria naquela noite. Sacrificar um cordeiro, o sangue deveria ser passado nas umbreiras e vigas da porta e a carne deveria ser assada e comida naquela noite.

A meia noite o anjo do Senhor passaria na terra do Egito. E as casas que não tivesse o sangue nas umbreiras o anjo entraria e feriria de morte o filho mais velho.

Mas as casas que tivessem o sangue do cordeiro nas umbreiras da porta o anjo “Saltaria por cima”, “Passaria por cima”, poupando a vida daquele filho mais velho. Saltar por cima é a palavra “Páscoa” em hebraico

O Anjo não feriu de morte porque houve um “Substituto” para ele. Um cordeiro foi sacrificado no lugar do filho mais velho. Mas aqueles que não aceitaram o substituto pagaram com sua própria vida

Naquele dia o filho de Faraó falece e esse foi o motivo pelo qual Faraó permite o povo sair do Egito pela dura mão do Senhor que pesava na vida de todos os egípcios.

Com isso em mente, observe agora o que o apóstolo Paulo falou sobre Jesus?

1Co 5.7 “Lançai fora o velho fermento, para que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado.”

Paulo disse categoricamente: Cristo nosso cordeiro pascal foi imolado

Podemos ver muitas semelhanças entre a Páscoa judaica e a páscoa cristã, entretanto a páscoa crista excede em glória e poder.

Tese: Quero observar com vocês pelo menos duas principais diferenças entre a páscoa judaica e a páscoa cristã

1º Diferença é o tipo do sacrifício

Em Êxodo está escrito assim: Êxodo 12.5 “O cordeiro será sem defeito, macho de um ano”.

Esse cordeiro é um animal escolhido entre o rebanho para servir de substituto. Teria que ser um cordeiro com três qualidades: Macho -  Sem defeito - E de 01 ano

O Cordeiro sempre foi o animal escolhido pode Deus para fazer substituição pelo pecado. Desse modo se você um judeu e que vivesse na época de Moisés. Para que você fosse perdoado dos seus pecados, você teria que arrumar um cordeiro... Esse cordeiro seria o seu substituto

E foi exatamente isso que povo hebreu fez por quase dois mil anos. Milhões de cordeiros foram sacrificados ao longo desse período para que o povo hebreu desfrutasse do perdão divino.

Até mesmo antes da Lei, já era sabido dos hebreus que Deus tinha escolhido um cordeiro para ser animal usado para o sacrifício. Veja por exemplo: Gênesis 22:7 “Quando Isaque disse a Abraão, seu pai: Meu pai! Respondeu Abraão: Eis-me aqui, meu filho! Perguntou-lhe Isaque: Eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?”.

Desse modo era comum para os judeus o sacrifício de animais. Entretanto foi João batista o primeiro a fazer uma relação entre o cordeiro e Jesus. Note essa fala de João Batista em João 1.29 “No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!!”

Jesus foi chamado o “Cordeiro de Deus”. Do mesmo modo que cada judeu tinha o seu cordeiro. Deus também tem o seu cordeiro. Do mesmo modo que cada judeu oferecia o seu cordeiro. Deus também ofereceu o seu cordeiro

Jesus foi chamado cordeiro de Deus. Por ser ele o sacrifício de Deus para fazer expiação pelos pecados da humanidade

Somente Jesus pode perdoar os pecados de forma completa . Veja o que o autor de Hebreus disse: Hebreus 9.13-14 “Portanto, se o sangue de bodes e de touros e a cinza de uma novilha, aspergidos sobre os contaminados, os santificam, quanto à purificação da carne, muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!”.

O que é que esse texto está nos ensinando? Está ensinado que o sacrifício de animais tem o poder apenas de purificar a carne, o corpo da pessoa. Mas o homem não apenas “Soma”, o homem é um “Psicossomático”. Corpo e alma. A alma ficava impura... Então o sangue do animal aspergido na pessoa que a cobria perante Deus. Para que Deus não visse o seu interior.

Mas o sangue de Cristo é completamente superior. Por que ele nos purifica completamente. Uma vez por todas! Somos livres da culpa pelo pecado!

Jesus sendo o nosso cordeiro pascal como afirmou Paulo: Temo nova massa. Ou seja, uma nova natureza. Uma nova vida. As coisas velhas ficaram para traz. Tudo se fez novo. Cristo tem o poder de tornar qualquer pessoa uma nova pessoa

2ª Diferença é a duração do sacrifício

Quanto tempo durava um sacrifício no Antigo testamento? A resposta é simples: Até o próximo pecado.

A expiação era temporária e passageira. O Sangue do animal não tinha o poder para perpetuamente o perdão. Porque o substituo estava morto... Ele havia morrido... Um morto não pode justificar ninguém. Não tem poder de vida. O morto não tem poder de vida

Por isso era necessário “Repetir” o processo. Vamos fazer tudo de novo; Ano após ano. Vez após vez.

Todas as vezes que se cometia pecado. Um cordeiro era imolado, sacrificado. Um cordeiro deveria se morto pelo pecado

O salário do pecado é a morte. Tem que haver morte para que o pecado seja pago

Mas com Jesus foi diferente. Porque a morte não pode detê-lo. Jesus triunfou sobre a morte. Ele venceu a morte. Ele rompeu com os grilhões da morte

Desse modo o sacrifício de Cristo se tornou perfeito. Ele não somente pagou a nossa divida como pode nos justificar dos nossos pecados

Jesus tem o poder de perpetuar o perdão: A isto chamamos “Vida Eterna”. Ele pode nos conceder Vida eterna. Ele pode nos Salvar totalmente

Isso é completamente superior aos sacrifícios do Antigo testamento. Veja o que a bíblia nos ensina: Hebreus 7:25 “Por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.”

Note que maravilha são essas palavras. O sacrifício de Cristo e sua Ressurreição assegura vida eterna para todos os que nele creem.

Jesus é a nossa páscoa! Há uma superioridade colossal entre a páscoa judaica e a páscoa cristã.

Talvez você esteja iludido pelos ovos de chocolate. Talvez você seja fascinado por coelhinhos. Talvez você prefira uma doce ilusão a uma amarga verdade.

Jesus sofreu a rude cruz para conceder a você vida eterna e você fica brincadeira de Coelhinho da páscoa. Talvez você reconhecer que isso é mera fantasia, vamos deixar a meninice a vamos assumir um compromisso sério como o Senhor da Páscoa.

Pr. Mário Botão