sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Igreja uma nação de sacerdotes


Leitura: 1Pedro 2.9 “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”

ÁudioIgreja uma nação de sacerdotes


No Antigo Testamento Deus escolhe entre muitas nações, a nação de Israel como uma “Nação de sacerdotes”.

Êxodo 19:6 “Vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa. São estas as palavras que falarás aos filhos de Israel”.

Perceberemos que a expressão proposta nesse texto de Êxodo 19:6 é a mesma expressão de 1 Pedro 2.9.

“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus”

Estabelecendo, assim, uma relação intima entre o sacerdócio de Israel e o sacerdócio dos crentes da Igreja.


Isso não significa que a igreja é continuidade de Israel, são dois programas diferentes, e também não significa que a igreja é um novo levíticos, pelo contrário, a igreja é uma nova instituição com algumas semelhanças, por essa razão vamos analisar a semelha da expressão "Sacerdócio real".

Quais são as características de uma nação sacerdotal?

1ª Característica de uma nação sacerdotal: Chamado especial de Deus

O “Sacerdote” não podia se fazer “Sacerdote” por escolha própria, Eles teriam quer ser “Chamados por Deus” para esse ofício. Nesse sentido todo sacerdote tem que ter um chamado vindo da parte de Deus.

No Antigo testamento, Deus separou a família de Arão para esse sacerdócio.

   Êxodo 29.44-45 “E consagrarei a tenda da congregação e o altar; também santificarei Arão e seus filhos, para que me oficiem como sacerdotes. E habitarei no meio dos filhos de Israel e serei o seu Deus”.

Note que foi Deus quem escolheu Arão e seus filhos para servirem como família sacerdotal, não foi Arão que escolheu a si mesmo e sua família para esse ofício.

Deus falou a Moisés que ele havia escolhido a “A família de Arão” para ser a família sacerdotal. Quando Moisés compartilhou com o povo a vontade de Deus, isso começou a ter um problema;

Arão era irmão de Moisés, e quando Moisés falou ao povo sobre Arão e seus filhos serem a “Família sacerdotal”,

O povo começou a falar e questionar a legitimidade dessa escolha: Talvez pensassem: É esse grupo aí é um grupinho familiar, é grupo de panelinhas, Moisés colocou o irmão dele para ser sacerdote.

E começou a ter uma murmuração no meio do povo, Mas, não foi Moisés que colocou o seu irmão como “Sacerdote” foi Deus.

Então Deus fez o seguinte: “Cada chefe de tribo” tinha um cajado que era símbolo de autoridade.

Deus disse para Moisés: Você pegará todos os cajados de cada chefe das 12 tribos e devem ser colocados dentro da tenda da Congregação, esses cajados passarão a noite e amanhã você coloca o povo em frente da tenda; E você vai lá dentro e começa tirar esses cajados, a “Cajado que florescer e der fruto”. É a indicação que eu “EU escolhi” para ser a família sacerdotal.

Naquele dia quando Moisés retirou todos os cajados, somente o cajado de Arão havia florescido e dado fruto, aquilo gerou grande temor no coração do povo;

Eles tinham que entender que foi Deus quem “chamou” a família de Arão e seus filhos para ser a “família sacerdotal”.

Podemos perceber e aprender que um sacerdote não se faz “sacerdote” é Deus que o coloca nessa posição;

2ª Característica de uma nação sacerdotal: Ocupada em Servir a Deus

Nessa posição de “Sacerdote” qual era principal atividade da família de Arão?

Ex 28.1 “Faze também vir para junto de ti Arão, teu irmão, e seus filhos com ele, dentre os filhos de Israel, para me oficiarem como sacerdotes, a saber, Arão e seus filhos Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar”.

De acordo com esse versículo os sacerdotes se ocupavam em “Servir” a Deus, o ministério deles era em primeiro lugar pra Deus.

A igreja no Novo Testamento assume essa posição de um “SERVO” que outrora que de exclusividade de Israel;

1Pedro 2.9 “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus...”.

Todos aqueles que pela fé receberam Jesus como “Salvador”, Ele nos constituiu “Sacerdotes” para Deus


Apocalipse 1.6 “e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai, a ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!”.

Jesus reafirmou essa verdade no livro de Apocalipse 5.9-10.

Apocalipse 5.9-10 “E entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação e para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes; e reinarão sobre a terra”.

Apesar de que esse versículo tem um cumprimento profético para o futuro, podemos perceber o que temos afirmado com base no Antigo Testamento e agora no Novo testamento que um sacerdote não se constituía sacerdote, ele não se faz sacerdote; É Deus quem o coloca nessa posição. Um sacerdote é chamado para “servir”.

3ª Característica de uma nação sacerdotal: Responsabilidade diante desse privilégio

Quando falamos sobre “responsabilidade” queremos enfatizar as “Obrigações de responder pelos nossos atos

“Quanto maior a posição, maior a luz, maior a responsabilidade”

A responsabilidade é gradativa, assim quanto mais Deus tem trabalhado sua palavra em nós, quanto mais temos experimentado comunhão com Deus; Maior é a responsabilidade que nós temos.

Isso pode ser comparado com a vida natural, por exemplo, aqueles que são casados e têm filhos, dependendo da idade do filho isso reflete na responsabilidade que se exige dele, uma criança de 03 anos é possível permitir que na hora da refeição faça alguma trapalhada na mesa, mas um filho de 12 e 13 anos o pai já não vai permitir.

Dependendo da maturidade, assim como na vida natural exige-se mais responsabilidade. Na vida cristã também é assim, na medida em que você cresce a responsabilidade também cresce.

Essa lição de que temos que aprender é que “Quanto maior a posição, maior a luz, maior a responsabilidade”.

Havia uma diferença, muita grande entre o Sacerdote pecar e uma pessoa comum pecar. A responsabilidade do sacerdote era muito maior. Você sabia que quando um judeu comum pecava se comprometia o altar de bronze? Porém quando um príncipe ou um governar pecava (por ele representar de mais pessoas) era comprometido não somente o altar, mas o lugar santo. A bíblia nos ensina que quando um sacerdote pecava, todo o tabernáculo era comprometido...

O que era comprometida quando um sacerdote cometesse pecado? Quanto maior a posição, maior a luz, maior é a responsabilidade que será cobrada.

Levíticos 4.3-10

Se comprometia a vida de um inocente um novilho era imolado perante o Senhor...
O sangue era aspergido sobre o véu do “Lugar Santíssimo” sete vezes...
3º No lugar “Santo” era colocado sangue sobre os chifres do altar de incenso...
No pátio o resto do sangue era derramado sobre as bases do altar de bronze...
Toda a gordura, rins e o fígado do animal, deveriam ser queimados sobre o altar.
Todo o resto do animal que tinha incorporado o pecado deveria ser fora do arraial.

Com todo esse ritual, Deus estava imprimindo na mente dos judeus, o “Horror do pecado”.

Quanto maior a posição, maior a luz, maior a “Responsabilidade”. A bíblia nos ensina que quando um sacerdote pecava, todo o tabernáculo era comprometido. A responsabilidade de um sacerdote era muito grande.

Hoje, a Igreja é uma “Nação de sacerdotes”. Somos todos igualmente responsáveis perante Deus, para oferecermos sacrifícios espirituais a Deus. Deus chamou a igreja para ser uma nação sacerdotal e isso traz benefícios, mas também traz responsabilidades;

Na época antes da “Reforma protestante” conhecida como “idade média”, desenvolveu uma idéia que fazia distinção de direitos entre os cristãos;

Isso se dava entre o clero e os leigos. (Aqueles que julgavam saber sobre religião e aqueles que eram tidos como ignorantes). Essa postura da igreja católica resultou em uma hierarquia, onde o povo dependia desses “sacerdotes” o “clero” para receber os benefícios da vida espiritual. De acordo com esse ponto de vista “Católico” o crente comum, não tinha “Acesso a Deus e nem as Escrituras”, a não ser por um “Mediador humano, conhecido como Papa”. Foi então que depois de uma série de eventos que se culminou no dia. 31 de outubro 1517, um ex-padre Martin Lutero defendeu o sacerdócio de todos os crentes, não somente do clero em uma publicação chamada “A Liberdade do Cristão”. Ele defendeu que qualquer cristão seja ignorante ou estudado, seja clero ou leigo, ambos tem acesso a Deus defendido pelas Escrituras, e ambos poderiam compreender as palavras das Escrituras; ou seja, a interpretação da Bíblia não era uma exclusividade somente do “papa” mas de todos os crentes. Interessante que as implicações maléficas introduzidas pela igreja católica se perduram até nos dias atuais. Para um católico eles acreditam que somente o papa tem autoridade para “Interpretar a Bíblia” para eles o homem comum não tem acesso direto a Deus, a não ser por um padre.

O Novo Testamento não menciona a existência de um “Ofício Sacerdotal” na Igreja, ou seja, não um oficial na igreja chamado “Sacerdote”.

O Novo testamento enfatiza a “posição” de todo crente como sacerdote perante Deus, não o “ofício”. O que estamos destacando não é o “Ofício Sacerdotal”, os oficiais que temos na igreja são dois “pastores e diáconos”, o que estamos destacando é a “posição” de todo e qualquer crente diante de Deus, como uma “nação sacerdotal”. 

2 comentários:

  1. Muito exclarecedor,da nossas atribuições perante Deus

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  2. uns escolhi para diacono.outro ....e nao deixa claro a patente de um oficio para mulheres(diacono-homem)e por conseguinte os demais cargos.a gente ver no livro de geneses :façamos o homem a nossa imagem e semelhança :homem-no sentindo coletivo /plural.indicando a raça humana homens e mulheres.

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