quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Quando o reencontro é melhor que a despedida


Leitura: Gênesis 33.4 “Então, Esaú correu-lhe ao encontro e o abraçou; lançou-se lhe ao pescoço e o beijou; e choraram”.


A bíblia é um livro esplêndido, pois nele estão registradas muitas situações comuns a nós seres humanos, é muito encorajador saber que Deus ao longo da história nos reservou acontecimentos que nos encorajam, como também há registros que nos servem de alerta, outros ainda nos servem de ensino.

Quem já não teve conflito em casa? Quem já não teve uma discussão? Quem já não ficou sem falar por causa de uma ofensa? Quem já não teve um desentendimento com um irmão?

Esaú e Jacó eram irmãos de sangue sua história nos emociona, pela grandeza daquilo que Deus faz na vida desses dois personagens.

Há vinte anos Jacó sai às pressas da casa do pai, pois seu irmão estava enraivecido, irado por causa das más atitudes de Jacó seu irmão.

Gênesis 27.41-45 “Passou Esaú a odiar a Jacó por causa da bênção, com que seu pai o tinha abençoado; e disse consigo: Vêm próximos os dias de luto por meu pai; então, matarei a Jacó, meu irmão. Chegaram aos ouvidos de Rebeca estas palavras de Esaú, seu filho mais velho; ela, pois, mandou chamar a Jacó, seu filho mais moço, e lhe disse: Eis que Esaú, teu irmão, se consola a teu respeito, resolvendo matar-te. Agora, pois, meu filho, ouve o que te digo: retira-te para a casa de Labão, meu irmão, em Harã; fica com ele alguns dias, até que passe o furor de teu irmão, e cesse o seu rancor contra ti, e se esqueça do que lhe fizeste. Então, providenciarei e te farei regressar de lá. Por que hei de eu perder os meus dois filhos num só dia?”.

Esaú estava transtornado e com razão, Jacó era um camarada muito trapaceiro, um vigarista, sem caráter, uma pessoa desonesta e é razoável a revolta de Esaú.

Sob orientação de Isaque e Rebeca, Jacó vai embora e vai enfrentar uma dura jornada de mentiras e enganos, fazendo “jus” aquela observação bíblica.

2 Timóteo 3:13  “Mas os homens perversos e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados”.

Jacó foi enganado pelo seu tio Labão que também se mostrou muito hábil e astuto tanto quanto seu sobrinho Jacó.

Jacó era consciente desse impasse com o irmão Esaú, ele temia o reencontro, mas alertado por Deus, e desafiado a voltar, Jacó travou grandes lutas interiores e isso é demonstrada em sua oração sincera e cheia de temor.

Gênesis 32.11 “Livra-me das mãos de meu irmão Esaú, porque eu o temo, para que não venha ele matar-me e as mães com os filhos”.

Vinte anos se passaram entre o ladrão que fugiu as pressas do generoso que retorna humilde, foram tempos difíceis para Jacó, longe da família e de seu irmão a quem enganou duas vezes.

Sua estratégia para o reencontro com Esaú foi bem elabora e muito simples, ele dividiu toda sua caravana em várias frentes, a primeira caravana levou presentes a segunda e a terceira também, ate que fez passar a sua e depois a de sua família.

Gênesis 32.16 “Entregou-os às mãos dos seus servos, cada rebanho à parte, e disse aos servos: Passai adiante de mim e deixai espaço entre rebanho e rebanho”.

Jacó demonstrou uma tremenda habilidade em articular uma maneira pacífica para apaziguar uma possível vingança do irmão, lhe entregando presentes, colocando em pratica o conselho de Salomão.

Provérbios 18:16 “O presente que o homem faz alarga-lhe o caminho e leva-o perante os grandes”.

Mas não foi necessária a estratégia de Jacó apesar de que com muita insistência Esaú aceita o presente, Deus operou grandemente naquela situação, Deus ouviu a oração de Jacó e lhe proporcionou um encontro amigável.

Gênesis 33.3-4 “E ele mesmo, adiantando-se, prostrou-se à terra sete vezes, até aproximar-se de seu irmão. Então, Esaú correu-lhe ao encontro e o abraçou; lançou-se lhe ao pescoço e o beijou; e choraram.”


Talvez não haja um momento mais sublime do que este, dois irmãos divididos por causa de uma ofensa e agora reatando um relacionamento perdido há tantos anos.

O Salmista declarou:

Salmos 133:1 “Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos!”.

A expectativa da Raquel se cumpriu, como uma mãe que sabiamente aconselha seu filho.

Gênesis 27.44-45 “Agora, pois, meu filho, ouve o que te digo: retira-te para a casa de Labão, meu irmão, em Harã; fica com ele alguns dias, até que passe o furor de teu irmão, e cesse o seu rancor contra ti, e se esqueça do que lhe fizeste. Então, providenciarei e te farei regressar de lá. Por que hei de eu perder os meus dois filhos num só dia?”.

E certo de que o tempo se encarregou de apagar as mágoas do coração de Esaú e a mudança de comportamento de Jacó também contribuiu pra o sucesso desse reencontro.

Assim somos nós, também temos que lidar com conflitos no lar, muitos lares se encontram em pé de guerra, parece muito mais um “campo de concentração” do que um lar propriamente dito.

Esse episódio nos traz algumas lições que devem ser observadas que ajudaram a reatar relacionamentos rompidos dentro de uma família.

1º A reconciliação sempre será o melhor caminho
Jacó poderia sustentar a distancia do irmão, e Esaú também poderia ter essa postura, podemos aprender com essa história que a atitude dos dois favoreceu a reconciliação.

2º Uma atitude simples e serena é melhor que a arrogância
A bíblia é repleta de exemplos sobre a postura humilde para aqueles que desejam obter sucesso nas relações interpessoais, Deus teve que trabalhar no caráter e na vida dos dois irmãos, caso contrário seria muito improvável a reconciliação.

Façamos da admoestação de Paulo um padrão para os nossos relacionamentos familiares e que Deus abençoe a todos nós e a Sua Palavra.

Efésios 4:3 “Esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz”.

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