quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Não é o Diabo o Ladrão eram os Fariseus!


Leitura: João 10.10 “O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir...”.


Quem é o ladrão senão esse “Espírito Farisaico da Religiosidade” que permeia nossos dias com suas práticas e conceitos ante Deus.

Desde os tempos mais remotos o homem sem Deus tem feito ídolos para alimentar os mais infames desejos e cultivar suas paixões carnais.

Lembremo-nos de Caim que foi maligno e assassino, na sua celebração foi egoísta, sua religiosidade o cegará para as coisas de Deus, foi absolutamente rejeitado pelo Senhor.

Onde há esse Espírito Farisaico da Religiosidade há morte e destruição!

Jesus em seu tempo, expos os fariseus, condenou suas práticas, censurou suas intenções, reprovando-os duramente.

Havia muita controversa entre Jesus e os Fariseus, se houvesse alguma virtude nessa prática, Jesus teria reconhecido, afinal de contas ele inúmeras vezes expressou conhecer a verdadeira intenção do coração do homem.

Até Paulo, que era fariseus, estudado, experimentado e conhecedor, abriu mão completamente dessa escola para seguir a Jesus. Se houvesse algum elemento proveitoso o apóstolo Paulo teria levado para o seu ministério, e para sua vida, mas pelo contrário em seu testemunho pessoal, ele considerou “Refugo”, isto é excremento de animais.

Lemos palavras fortes constantemente faladas por Jesus aos Fariseus, como: Hipócritas. Cegos, Víboras e muitos outros adjetivos que qualificam a pessoa e as obras dos fariseus como sendo negativo e prejudicial.

Nesse texto de João 10, temos a mais clara definição daquilo que esse “Espírito farisaico” fazia com o coração humano desde o tempo de Jesus.

João 10.10 “O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir”.

Como que Jesus chegou a essa conclusão? Quais foram os motivos para Jesus atribuir esse crime aos fariseus? Porque Jesus fez essa leitura dos Religiosos de sua época? Estamos vivenciando esse espírito em nosso dias?

Para entendemos o motivo e porque Jesus fez essa leitura dos fariseus, podemos começar com o registro da Cura de um cego de nascença;

João 9.10-11 “Perguntaram-lhe, pois: Como te foram abertos os olhos? Respondeu ele: O homem chamado Jesus fez lodo, untou-me os olhos e disse-me: Vai ao tanque de Siloé e lava-te. Então, fui, lavei-me e estou vendo”.
        
Curar um cego de nascença era um milagre fora da natureza comum dos milagres, ninguém, nunca curou um cego de nascença, foi à primeira vez, Jesus fez tal ato, para evidenciar ser ele o “Messias prometido”.

Existia uma tradição antiga que dizia que o pecado de um cego era uma maldição divina, assim sendo curar um cego, não apenas revela um milagre fora do comum, bem como reverter uma maldição divina, somente Deus pode fazer tal ato.

Esse homem que foi curado plenamente por Jesus e logo após foi salvo por ele, foi duramente humilhado e ridicularizado pelos fariseus.

João 9.13 “Levaram, pois, aos fariseus o que dantes fora cego”

Note as reações negativas e difamadoras dos fariseus diante de tal misericordioso e cheio de compaixão de Jesus, perceba a distância de propósito e pureza de coração.

João 9.16 “Por isso, alguns dos fariseus diziam: Esse homem não é de Deus, porque não guarda o sábado. Diziam outros: Como pode um homem pecador fazer tamanhos sinais? E houve dissensão entre eles”.

Havia uma distância muito grande entre Jesus e os fariseus, é impossível e um tanto improvável que alguém que verdadeiramente conheça a Jesus sustento um “Espírito farisaico de Religiosidade”         .

Aquele rapaz foi expulso da sinagoga depois de ser interrogado, questionado pelos “Fariseus”, até que Jesus foi ao encontro deste que foi expulso pela “Religião vigente da época”.

João 9.34-35 “Mas eles retrucaram: Tu és nascido todo em pecado e nos ensinas a nós? E o expulsaram. Ouvindo Jesus que o tinham expulsado, encontrando-o, lhe perguntou: Crês tu no Filho do Homem?”

Jesus acolhe, enquanto os fariseus expulsa, Jesus cura enquanto os fariseus ameaçam, Jesus salvo da condenação do inferno, enquanto os fariseus condenam.

Louvado seja Deus, aquele jovem rapaz que foi curado de um terrível mal, também encontrou a salvação de sua alma.

João 9.36-38 “Ele respondeu e disse: Quem é, Senhor, para que eu nele creia? E Jesus lhe disse: Já o tens visto, e é o que fala contigo. Então, afirmou ele: Creio, Senhor; e o adorou.”

Logo após esse maravilhoso milagre, houve uma discussão entre Jesus e os fariseus, pois Jesus, disse que os fariseus eram “Cegos” por não reconhecer que Ele era.

E a partir desse momento, Jesus introduz uma linguagem metafórica para descrever a diferença entre Jesus e os Fariseus.

João 10.1 “Em verdade, em verdade vos digo: o que não entra pela porta no aprisco das ovelhas, mas sobe por outra parte, esse é ladrão e salteador.”

E esse discurso de Jesus, vai pontuar claramente uma distância entre o propósito de sua vinda e o propósito pelo qual essa escola de religião estava produzindo.
Os fariseus foram incapazes de compreender essa primeira analogia, note:

João 10.6 “Jesus lhes propôs esta parábola, mas eles não compreenderam o sentido daquilo que lhes falava.”

Jesus insiste em sua parábola, e traz a mas contundente declaração que faz dos fariseus tão demonizado quanto o próprio diabo que é o opositor de Deus

João 10.7-8 “Jesus, pois, lhes afirmou de novo: Em verdade, em verdade vos digo: eu sou a porta das ovelhas. Todos quantos vieram antes de mim são ladrões e salteadores; mas as ovelhas não lhes deram ouvido”.

Esse contexto do jovem que foi curado deu a Jesus a subsídios para ilustrar essa realidade explicitamente observada por aqueles que se opõem a Deus, devemos cuidar para nós não sermos essa “Pedra de Tropeço”.

Quando Jesus explica a diferença entre o propósito que norteia os fariseus em comparação com o seu propósito, podemos aprender uma grande lição.

João 10.10 “O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”.

Será que os fariseus entenderam essas afirmações de Jesus, qual foi a reação deles?

João 10.19 “Por causa dessas palavras, rompeu nova dissensão entre os judeus. Muitos deles diziam: Ele tem demônio e enlouqueceu; por que o ouvis?       “.

Esse registro nos ensina algumas preciosas lições sobre o perigo da religiosidade.

1º. O que é religião se não a tentativa do homem em buscar a Deus, mas nessa procura ele pode se encontrar longe de Deus.

2º. O Dr. Stanley Jones explica a razão de haver tantas religiões e um único evangelho “Religião é o homem buscando Deus, e o Evangelho é Deus buscando o homem”.

3º O Dr. Richard Dawkins tem razão que a Religiosidade cega às pessoas, porque apenas Jesus pode fazê-los enxergar.

4º Não devemos trocar a verdade de Jesus em mentira da Religião.

Pr. Mário Botão

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