sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Um grande rei prostrado



Leitura: Marcos 14.32-35 “Então, foram a um lugar chamado Getsêmani; ali chegados, disse Jesus a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou orar. E, levando consigo a Pedro, Tiago e João, começou a sentir-se tomado de pavor e de angústia. E lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai. E, adiantando-se um pouco, prostrou-se em terra; e orava para que, se possível, lhe fosse poupada aquela hora."

Antecedendo a via dolorosa, Jesus e três de seus discípulos vão a um lugar de costume, ao pé do Monte das Oliveiras a fim de orar.

Naquele jardim, Jesus se afasta dos três, para em particular falar com o Pai, era noite, alta madrugada, todos estavam cansados.

A tentação é um elemento introduzido com a intenção de desviar a fidelidade do servo de Deus.

Possivelmente o Tentador, como um intruso ali estava, disseminando seu veneno, tentando com todo seu ardil desconcentrar Jesus do propósito do qual ele veio.

Jesus estava sofrendo, ele estava angustiado, tomado de pavor, profundamente triste, o Senhor da glória estava aflito.

Lucas registra um fenômeno clinico raríssimo de extrema angustia, Jesus suou gotas de sangue, a medicina classifica esse fenômeno como Hematidrose, onde as finas veias capilares se rompem, e o sangue se mistura ao suor. Lc 22.39-45

Jesus estava sofrendo, desamparado pelos seus, que dormiam um sono pesado, apenas o Pai poderia lhe atender naquele momento de extremo stress.

Na medida em que a pressão psicológica, emocional e mental se intensificava, o corpo suando sangue, Jesus demonstrava uma simplicidade natural de alguém que depende unicamente do Senhor.

Seus joelhos se dobram, e ele mais próximo do chão, clama ao Senhor.

Marcos registrou o seguinte: “E, adiantando-se um pouco, prostrou-se em terra”.

Um rei prostrado, diante de tamanho desafio: “Levar a culpa de toda a raça-humana”.

O cálice da morte ele tomou, mas precisou esvaziar-se completo nas mãos daqueles que o Enviou.

Seu Espírito logo estaria pronto para cumprir seu propósito, mas esses momentos revelam para nós a tremenda importância dos joelhos dobrados e o rosto em terra.

Esse termo “Prostrado” sempre está associado a dor e ao sofrimento, onde as pernas ficam “bambas”, porque o corpo não está suportando o peso da aflição, o corpo se enfraquece, as forças se esvaem, mas o Espírito se fortalece no Senhor.

Assim, cada um de nós podemos nos aproximar do Pai, quando o peso da aflição esgotar nossas forças e a pressão das decisões afligir a nossa alma.

O salmista declarou: Salmos 116:6 “O SENHOR vela pelos simples; achava-me prostrado e ele me salvou”.

Que essa experiência dolorosa de Cristo possa nos trazer a memória o modo como o servo do Senhor pode encontrar refúgio.

A distância entre o servo e o seu Senhor é o mais próximo do chão.

Pr. Mário Botão

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