Você já foi duramente repreendido por
alguém? Alguém já chamou sua atenção energicamente?
Será que a bíblia tem esse poder de
repreender seu povo duramente? Será que Deus faria isso visando à pureza e a
purificação da sua igreja?
Isso não somente é possível, bem como é
verdadeiro. O texto que vamos estudar é “O”
texto mais severo de Hebreus. Essa advertência é uma das mais severas do Novo
testamento.
Existe uma preocupação daqueles que são
salvos, mas vivem envergonhando o nome de Cristo, o expondo, como disse o autor
de Hebreus a “Ignomínia”, ou seja, ao “Desprezo”.
Quando pecamos deliberadamente
desprezamos o sacrifício de Cristo. E isto é um sacrilégio! Isto é uma
profanação ao nome de Cristo.
João já havia advertido sobre “Permanecia no pecado”. Que o crente,
verdadeiramente regenerado não é mais dominado pelo pecado.
Paulo, apóstolo também teceu inúmeros
comentários acerca desta mesma asseveração, certo de que uma vez “Livre” não devemos dar ocasião à carne.
Ou seja, não podemos viver na “Pratica vergonhosa e dominante do pecado”.
Paulo até falou daqueles que não
necessariamente fazem o pecado, mas consentem. O que é consentir? É
deixar rolar... É fazer vistas grossas... É estar em cima do muro... É ser
favorável ao mal... É ser cumplice... É ser conivente... É ser passivo ao mal e
á pessoas que espalham o mal no mundo.
Paulo falou que aquele que “Consente” é tão: “Perverso”
e “Vil”. Quanto àquele que pratica o
mal.
Devemos nos portar, diz as Escrituras “Varonilmente”. Ou seja, não podemos “acovardar”, não podemos “Intimidar”, não podemos de forma alguma
“retroceder”. Retroceder nunca,
render-se jamais!
O Cristianismo não se prostra aos
ídolos, aos corruptos, às ameaças, às pressões.
O Cristianismo se necessário morre
honrosamente pela sua fé! Foi assim a vida de muitos dos heróis da fé. Que
selaram seu testemunho com sangue. Deixando rastros de sangue através da
história.
Por essa razão a Bíblia nos fala com
tanta; Severidade. Veemência. Energia. Rigidez.
O
cristianismo não aceita suborno. O cristianismo não aluga suas convicções. O
cristianismo não negocia com o mal.
Leitura:
Hebreus 6.4-6 “É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados, e
provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e
provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, e caíram, sim, é
impossível outra vez renová-los para arrependimento, visto que, de novo, estão crucificando
para si mesmos o Filho de Deus e expondo-o à ignomínia”.
Oração
Intitulei a mensagem de hoje como “Mudança radical”
É exatamente isso que significa a
palavra “Arrependimento”. Mudança Radical. Não tentativa... Não promessas vãs...
Não dubiedade de intenções.
Arrependimento é mudança radical. É
deixar o mal. É deixar o pecado. É abandonar a pratica do pecado.
William Gurnall já havia dito: “Abandonar
o pecado é deixá-lo sem nenhum pensamento oculto de voltar para ele”.
A palavra arrependimento vem do grego
como “Metanóia”. Mudança de mente. Mudança
interior. Mudança do intimo.
Martim Lutero asseverou: “Não voltar a
fazer determinada coisa é a essência do mais verdadeiro arrependimento”.
Expressão verbal de arrependimento. Vem
através de declarações. Mas essas declarações devem ser alçadas por atos
concretos de mudança.
Muitas afirmam estar arrependidos. Mas
sua vida diz outra coisa... Não mudanças. Não frutos. Não evidencias.
Matthew Henry se expressou dizendo: “Os
que professam arrependimento precisam praticá-lo”.
Frutos de arrependimento diz João
batista. O profeta de Deus. O maior nascido de mulher. O arrependimento
verdadeiro resulta numa mudança de atitudes. As nossas atitudes refletem quem
somos. Se nossas obras são ruins o nosso coração é ruim. Não adiante você dizer
que é uma nova pessoa se vive como contraditoriamente.
Jesus havia dito: É do coração do homem
que procedem todas as coisas ruins. E Jesus descreve uma lista exaustiva. Aquele
que furta é porque do coração já é ladrão. Aquele que mente é porque do coração
já é mentiroso. Quem é ladrão no coração, não adianta falar que não é ladrão. Quem
é mentiroso no coração, não adiante falar que não mente.
Quando é que não há arrependimento? Quando
os atos não condizem com a fala. Quando os atos não refletem suas palavras. Quando
o estilo de vida não corrobora com as promessas.
Existe uma expressão na língua
portuguesa que é a “Falácia”. Na
lógica e na retórica, uma falácia é um argumento
logicamente inconsistente, sem fundamento, inválido ou falho na tentativa de
provar eficazmente o que alega.
Reconhecer as falácias é por vezes
difícil. Os argumentos falaciosos podem ter validade emocional, íntima,
psicológica, mas não validade de veracidade.
A bíblia registra uma situação tensa
entre João Batista e os fariseus. Fariseus eram judeus que pertenciam uma seita
religiosa com poderes políticos em Israel. Uma seita perigosíssima. Uma seita
responsável por entregar Jesus nas mãos dos romanos. Uma seita que atribuir o
milagre que Jesus fez a Belzebu, o maioral dos demônios.
A bíblia nos ensina que os fariseus
vieram para se batizar por João. Eles queriam um compromisso externo com a verdade.
Mas, sem mudança de vida. Sem arrependimento. Sem abandono de pecado.
Veja como João Batista de posicionou: Lucas
3:8 “Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento e não comeceis a dizer
entre vós mesmos: Temos por pai a Abraão; porque eu vos afirmo que destas
pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão”.
Precisamos entender: Que o
arrependimento é uma expressão da verdade, interna e externa. Não são apenas
boas intenções. Não são apenas promessas temporárias.
Alias aquele que fazem promessas, principalmente
promessas de arrependimento e não cumprem suas promessas, voltam vezes após
vezes a praticar o mesmo ato de pecado além de não ter se arrependido são todos
mentirosos.
Ananias e Safira morreram por que
mentiram para Deus. Foram fulminados pelo Senhor. Apesar de Deus ter revelado o
pecado, se mantiveram firmes contra a verdade.
Não é saudável mentir para Deus e nem
mesmo ser favorável ao pecado
Por essa Deus quis que fosse registrado
no livro de Hebreus a razão por que não perdoou a Esaú
Você
sabe por que Deus não perdoou Esaú? Note que situação mais constrangedora.
Hebreus
12.16-17 “Nem haja algum impuro ou profano, como foi Esaú, o qual, por um
repasto, vendeu o seu direito de primogenitura. Pois sabeis também que,
posteriormente, querendo herdar a bênção, foi rejeitado, pois não achou lugar
de arrependimento, embora, com lágrimas, o tivesse buscado”.
Veja
que situação mais embaraçosa. Seu filho vem pra você chorando. Sua filha vem
para você em pratos. Eles vêm dizendo estou arrependido. Estou até chorando... Mas
não houve provas de arrependimento.
Deixe
me dizer algo sobre Orgulho. Você sabia que o nosso orgulho não é tolera erros
pessoais.
Quantos
de vocês já firam irados consigo mesmo? Cerrando os punhos, Rilhando s dentes
de raiva por que erram. Tem pessoas que batem na própria cabeça quando erram. Tem
pessoas que dão murros no ar, na parece, no chão por que erram. Mas não quer
dizer que estão arrependidos. Podem chorar. Podem gritar. Podem golpear. Mas é
muito provável que não há arrependimento.
François
Fenelon, disse algum muito sábio: “Nosso orgulho sente desgosto por nossas
falhas, e muitas vezes confundimos esse desgosto com o verdadeiro
arrependimento”.
Deixe-me
repetir: “Nosso orgulho sente desgosto por nossas falhas, e muitas vezes
confundimos esse desgosto com o verdadeiro arrependimento”.
Ou
seja, podemos pensar que estamos arrependidos, porque erramos, e até expressam
desta maneira, mas essa expressão nada mais do que o sentimento revoltoso do orgulho
porque erramos.
Nessa
altura você diz: Então como saber se há ou não há arrependimento genuíno?
Talvez
a parábola do Filho pródigo ilustre bem esse espírito mentiroso que há no
coração do homem. O menino com ímpeto de ser lei para si. O menino com ousadia
de determinar para si o certo e o errado. Pede ao pai parte da herança por que
quer ser dono do próprio nariz. Esse menino se vai e se perde. Deixa vazar
entre seus dedos sua herança, sua dignidade, sua honra e vai parar numa
pocilga.
O
verdadeiro e genuíno arrependimento brotou dentro de um contexto. Precisava ter
deixado o pai e casa do pai. Precisava descer no mais profundo abismo. Precisava
perder plenamente tudo de bom que pela graça recebeu. Precisava ter um momento
de reflexão profunda do seu estado degenerativo.
Depois
de tudo isso. Longe do pai. Longe da casa do pai. Longe dos privilégios de
filho. Longe da proteção do pai.
Foi
que esse menino pode ter esperança e voltar para a casa do pai, onde foi
acolhido. Mas porque deixou aquela rebeldia. Aquele menino se arrependeu. Ele
deixou tudo para trás e aí então retornou.
Phillip
Henry ensino: “Você nunca deve pensar em pecado sem se arrepender”.
Veja,
alguém tem duvidas que Salomão fosse um homem que teve uma sabedoria sem igual?
Salomão com toda sabedoria fez besteira! Salomão pisou na bola inúmeras vezes! Fez
muita besteira, principalmente com bebidas e com mulheres.
Foi
um homem sem igual, mas apresentava algumas dificuldades na sua vida.
Veja
o que ele mesmo disse: Provérbios 28.13 “O que encobre as suas transgressões
jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia”.
Você
sabe o que significa: Confessar e deixar? Confessar é reconhecer o erro. E
deixar é abandonar o pecado completamente
Salomão
não alcaçaria o perdão e nem mesmo a misericórdia do Senhor, se não estivesse
disposto a buscar com atitude essas duas recomendações.
Não
vale apenas confessar. Tem que confessar e deixar o erro. Não adianta só: Blá...
Tem que haver provas. Tem que haver evidências. Tem que haver frutos.
Jesus
quando escreve as cartas para as igrejas da Ásia menor no livro de Apocalipse. O
arrependimento do qual as igrejas são exortadas tem uma única condição para que
não venha sobre a igreja o juízo de Deus
Sabe
qual é a condição? Mudança! Abandono de pecado! Arrependimento genuíno e
verdadeiro.
O
autor de Hebreus fala energicamente que para o homem iluminado o processo de
desviar-se e ser restaurado novamente não pode continuar para sempre.
Existe
uma linha que você não pode ultrapassar. Existe um caminho que você não pode
percorrer. É um caminho sem volta.
Quando
ultrapassada pelo individuo, ele não pode mais ser recuperado. E porque não?
Porque
ele percorreu o caminho do afastamento tantas vezes. Que o seu coração se
esfriou. Sua vida se tornou indiferente. Sua consciência foi anulada. Ele
perdeu a faculdade de arrependimento
Hebreus 6.4-6 “É impossível, pois, que
aqueles que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram
participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes
do mundo vindouro, e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para
arrependimento, visto que, de novo, estão crucificando para si mesmos o Filho
de Deus e expondo-o à ignomínia”.
Deixe
finalizar dizendo: Não
brinca com Deus, porque o diabo Brinca com você, e você com seu pecado.
Não
zombe de Deus, porque o diabo zomba de você... Mas eu não zombo de Deus? Não? Você
acha que desprezar o sacrifício de Cristo não é zombar? Você acha que ficar
pecado deliberadamente não é crucificar para si o filho de Deus e o expor a
ignomínia?
Então
peque a vontade! Mas não se esqueça servo mal e negligente. Haverá ranger de
dentes pra você! Haverá severa punição. Haverá muitos açoites.
Conclusão
Se
você é como eu que vive esse temor... Se você é como eu que vive essa luta... Se
você é como eu que vive essa consciência.
Não
afaste a graça do Senhor da sua vida: Não pactue com o erro. Não pactue com o
mal. Não pactue com as trevas.
Por
que se você se tornar amigo do mundo, você será inimigo de Deus.
E a “Pior coisa” disse o autor de Hebreus é
cair na mão do Deus vivo.
Pr.
Mário Botão
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