sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Vivendo uma vida que faz sentido


Áudio: Vivendo uma vida que faz sentido

Leitura: Lucas 10.30-37 “Jesus prosseguiu, dizendo: Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e veio a cair em mãos de salteadores, os quais, depois de tudo lhe roubarem e lhe causarem muitos ferimentos, retiraram-se, deixando-o semimorto. Casualmente, descia um sacerdote por aquele mesmo caminho e, vendo-o, passou de largo. Semelhantemente, um levita descia por aquele lugar e, vendo-o, também passou de largo. Certo samaritano, que seguia o seu caminho, passou-lhe perto e, vendo-o, compadeceu-se dele. E, chegando-se, pensou-lhe os ferimentos, aplicando-lhes óleo e vinho; e, colocando-o sobre o seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e tratou dele. No dia seguinte, tirou dois denários e os entregou ao hospedeiro, dizendo: Cuida deste homem, e, se alguma coisa gastares a mais, eu to indenizarei quando voltar. Qual destes três te parece ter sido o próximo do homem que caiu nas mãos dos salteadores? Respondeu-lhe o intérprete da Lei: O que usou de misericórdia para com ele. Então, lhe disse: Vai e procede tu de igual modo.”

Essa parábola do bom samaritano foi contada por Jesus para responde uma pergunta, a pergunta foi “Quem é meu próximo?”. E Jesus conta a história do bom samaritano.

O que está acontecendo? Um homem, um intérprete... Um perito da lei de Moisés...

Era um homem extremamente religioso que tinha uma profunda sensação que a vida não poderia ser apenas aquilo que ele estava experimentando... Era uma sensação que a vida não pode ser somente isso! A vida não pode ser apenas isso... Tem que haver alguma coisa a mais...

Se a vida é apenas isso que eu estou experimentando não vale a pena viver! A vida deve ter algum valor que eu ainda não descobri...

Será que existe outra dimensão de vida que eu não conheço? Então esse homem vai para Jesus e questiona Jesus sobre UMA VIDA QUE VALE A PENA VIVER. O que EU faço para descobrir isso aí que realmente a gente pode chamar de vida.

Aí Jesus responde pra ele: Bom... Você é o interprete da lei... Diga você! Você é o interprete da lei, o que você tem a dizer? Você sabe o que diz a lei de Moisés?

E ele diz: “É verdade eu conheço a lei” e a lei diz: “Ama o teu próximo como amas a ti mesmo e ame a Deus acima de todas as coisas”.

Jesus falou: “Exatamente”. E o interprete da lei diz “Quem é meu próximo?”.  Quem é essa pessoa que eu devo amar? Quem são essas pessoas? Onde elas estão?

Portanto, essa parábola do bom samaritano é a resposta de Jesus para responder ao interprete que está vivendo uma crise existencial sobre a “vida”, uma “Vida que vale a pena ser vivida”.

Quem são as pessoas que eu devo ajudar? Quem são as pessoas que eu devo amar? Quem são essas pessoas?

Porque a bem da verdade tem pessoas que não conseguem ver sentido em viver? Porque Deus decidiu deixar-me viver depois de me converter? Porque eu não morri, logo após me converter. Porque eu tenho quer viver? Tem pessoas que vive um drama aterrorizante. É uma angustia sem fim... É uma prisão horrenda...

Por outro lado. Tem pessoas que amam esse mundo. Amam as coisas desse mundo, São fascinados... Querem curtir a vida... Querem aproveitar da vida...

Mas, será vida se resume apenas nesses dois modelos? Vivo reprimido e angustiado, ou... Vivo curtindo a vida adoidado.

Irmãos, não são apenas esses dois modelos de vida. Existe um modelo de vida planejado por Deus para que vivamos o presente momento.

A bíblia traz a resposta: Como você vive uma vida que de fato vale a pena!

A bíblia pelas palavras de Jesus responde: Como é que você experimenta isso que está escondido atrás da rotina cotidiana de todos nós? Atrás da cortina que nos deixa com a constante sensação que estamos perdendo a vida pelas mãos?

Quais são os três modelos de vida abordados por essa lição de Jesus?

Três propostas de estilo de vida. Temos aqui os Ladrões. Temos aqui o Levita e o Sacerdote. Temos aqui o bom Samaritano.

São três modelos... São três estilos de vidas.

Como se Jesus estivesse dizendo ao Interprete da lei: Eu vou explicar para você o modo como às pessoas vivem... Eu vou categorizá-las em três modos simples e sucinto.

Descubra o modo como você tem vivido do qual causa em você essa perturbação... E comece a desenvolver o modo de vida correto que eu tenho pra você.

1º Modelo de vida abordado por Jesus é a Antipatia

É o estilo de vida dos ladrões. Eles pensam da seguinte maneira: “O que é teu é meu”.

O ladrão representa aquela pessoa... Que vive com uma falta... E que tem a impressão que quanto mais ela consegue acumular, quanto mais ela consegue reter para si mesma, mais valor terá a sua vida.

Ela não pode enxergar nada que esteja disponível que ela não queira tomar para si
Existe isso, eu quero! É possível viver com isso, eu quero! Porque isso aqui é meu! Me dá, me dá, me dá. É um bicho come-come.

Então o ladrão quando ele vê alguém com uma “Coisa” a mais do que ele, ele quer pra ele, então ele tem uma “Antipatia” em relação a todo mundo que tem uma coisa que ele não tem.
Não precisa ser só um relógio. Pode ser um status. Pode ser uma aparência física

Eu vejo em você aquilo que eu acho que faz você feliz, e eu penso assim: “Eu não tenho isso, então eu quero pra mim”. As veze não é que você rouba que você se levante e vai bater relógio das pessoas aí na rua... Tem gente que faz é evidente, não aqui entre nós, mas tem gente que faz.

O que eu estou dizendo é que você pode viver com essa postura. Você pode viver com essa atitude interior. A atitude da falta. De quando você vê alguém, você quer! Aquela coisa de “Inveja”, inclusive da “Cobiça”. Vive olhando o que você não tem e o que o outro tem. E você se infelicita porque você não tem o que o outro tem... E dali a pouco você está querendo o mal daquele que tem porque você não tem.

E essas pessoas culpa o outro daquilo que ela não tem, não que essas sejam culpadas, mas a vida daquela pessoa revela aquilo que você não tem, e isso incomoda. Porque mostra uma falta sua. E você acha que esse seu déficit existencial. Desse “Eu não sou tão infeliz” é porque você não tem isso ou aquilo. E você começa a viver como um “Ladrão”.

E se você não tem coragem de roubar de fato, você é consumido pelo espírito da ladroagem.
Esse é um bicho come come.

2º Modelo de vida abordado por Jesus é a Apatia

É o estilo de vida dos religiosos citado por Jesus. O levita e o sacerdote pensam assim: O que é teu é teu e o que é meu é meu. Você está caído aí na beira do caminha o problema é teu.

É a postura da indiferença, da insensibilidade, do marasmo. Olha, não quero me envolver com seus problemas, porque basta os meus. Eu não quero me comprometer com suas necessidades, porque eu também tenho as minhas necessidades.

Viver meu amigo “É matar um leão por dia” e eu já tô aqui suando para matar o meu leão e eu vou ter que matar um leão pra você... Não dá não! Cada um com seus problemas. Você cuida da sua vida e eu cuido da minha. Quanto menos você se envolver com a minha vida melhor. Quanto menos eu me envolver com a tua vida melhor.

Inclusive tem carro por aí que tem adesivo que diz assim “Deus deu a vida para cada um cuidar da sua” não tem isso? É isso aí... A postura da indiferença. Eu não tenho nada haver com seus problemas, seus problemas são seus!

Mas essa postura do religioso é uma postura de indiferença, que é uma postura equivocada...Porque ela nasce de uma compreensão, ele não está apenas dizendo “O que é teu é teu e o que é meu é meu”. Mas no fundo o que ele está dizendo é “O que é meu é de Deus”.

Por que ele é um Levita e o outro é um Sacerdote, são dois religiosos, eles oficiam no templo, eles são profissionais da religião, eles estão dizendo: Eu cuido das coisas de Deus. Eu cuido das coisas Sagradas já tenho. Eu cuido das coisas divinas. Minha vida foi consagrada a Deus

Aqui nessa época a lei de Moisés, era muito rigorosa. Os homens separados para cuidar das coisas de Deus, não podiam ter contato com coisas impuras... Um homem sangrando a beira do caminho “Eu não posso tocar a sangue”. Eu não posso tocar a sangue, “Sangue” em si mesmo já era complicado, imagine tocar num homem sangrando...

Eu não posso me contaminar com isso, porque se não eu me inviabilizo para servir a Deus; Porque o que é meu é de Deus. Então, ele foge do contato com a realidade.

Esse estilo de vida de “Apatia”. Daquilo que é teu é teu e o que é meu é meu.

Ele quer se abstrair do mundo da realidade. Ele quer se dedicar a Deus, para isso ele sacrifica a realidade. Será que é possível viver para Deus se abstraindo da realidade?

Será que é possível é você se dedicar a Deus, mas interagindo coma a realidade? Jesus nos ensinou que sim. João 17.15 “Não peço que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal”.

Não existe essa coisa de se abster de tudo e de todos, você está inserido numa realidade. Eu não devo ignorar o mundo, porque seu eu ajo desse jeito, eu vou agir exatamente como esse Levita que passou de largo... Eu não devo ignorar se não eu vou evitar pessoas como esse dado como morto a beira do caminho como fez o Sacerdote.

3º Modelo de vida abordado por Jesus é a Empatia

É o estilo de vida desse samaritano. O Bom samaritano pensa do seguinte modo: O que é meu é teu!

É a postura da compaixão, é a postura da partilha, é a postura da dádiva, é a postura da solidariedade, do compromisso com o outro... O ladrão vive em relação ao outro a política da “Antipatia”. O religioso vive em relação ao outro a política da “Apatia”. O bom samaritano vive em relação ao outro a política da “Simpatia”, ou melhor, da “Empatia”.

Essas expressões: Antipatia, Apatia, simpatia, empatia tem origem numa palavra grega que é “Patos”. “Paixão, afeto”. Quando você é afetado, você é mexido, é quando você sofre uma influencia e dentro de você, você quer dar uma resposta aquilo.

Eu não devo ter Apatia, nem Antipatia, eu preciso ter Empatia das pessoas que precisam de ajuda, Eu preciso ter compaixão, eu preciso ter misericórdia, sentir a dor do outro.

Não é isso que ensina a Bíblia?! Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando.

Porque se não seremos crentes que tem apatia do mundo, das pessoas que vivem nesse mundo.

Veja são três respostas completamente diferente com relação à vida

O ladrão diz: Quanto mais do mundo eu tiver, mais a minha vida terá valor.

O religioso diz: Quanto menos do mundo eu tiver, mais dedicado a Deus eu for, minha vida terá valor.

O primeiro “Quanto mais do mundo eu tiver...”. O segundo “Quando menos do mundo eu tiver...”.

No caso desse terceiro. Um judeu com sangue misturado, que não era puro.  Um judeu misturado com alguma coisa que não fosse judeu era “Samaritano”. Você vê esse Samaritano usando coisas do mundo para favorecer aquele que precisa. Ele usou dos seus recursos para ajudar aquele que precisava. Ele cedeu do seu tempo. Ele partilhou daquilo que era dele

E você pela narrativa do texto percebe que além de fazer aquilo que estava a seu alcance, ele fez muito mais... Deus deu a esse samaritano muito, porque sabe entregar muito.

A bíblia diz isso: Mateus 13.12 “Pois ao que tem se lhe dará, e terá em abundância; mas, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado.”

O princípio da bíblia é “Melhor dar do que receber”. E ninguém se empobreceu porque é misericordioso. Ninguém mendigou o pão de cada dia porque usou de misericórdia

A questão meus irmãos. Se o sal deixar de sal. Se a luz deixar de ser luz

A igreja perde seu propósito no que diz respeito a influenciar o mundo

Você se já se sentiu mal, por não ter feito aquilo que você sabe que deveria ter feito?
Veja o que a bíblia diz: Tiago 4:17 “Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando.”

Irmãos em última instancia aquilo que você tem é benção de Deus. Eu vejo gente rica dizendo o seguinte: “Eh pastor eu trabalhei muito pra ter o que tenho hoje”
Eh só você?

O Camarada sai de casa 4 da manhã, pega ônibus, três, mais um ônibus pra chegar pra trabalhar, depois vai embora, pega ônibus, três, outro ônibus para chegar em casa
E você tem a cara de pau de dizer “Eu tenho o que tenho porque eu trabalhei muito”?
Só você trabalhou muito?!

Então presta a atenção: Deus de tudo provê para nossa satisfação. Então se você tem desfrute

Mas veja o que a palavra de Deus diz. 1 Tmoteo 6.17-18 “ Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento; que pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir;

Veja “Porque Deus prove tudo para a nossa satisfação”. Qual é o tamanho do seu “nossa”? Você e sua esposa? Você, sua esposa, seus filhos? Você, sua esposa, seus filhos e seus amigos?

Qual é o tamanho do seu “nossa”? O tamanho do seu nossa, Deve ser do tamanho do seu Deus?

Então, Deus nos proporciona para nosso aprazimento. E porque é para nossa satisfação, aqueles que têm devem repartir.

Deve viver com a mentalidade: “Aquilo que é meu é teu”. O que é meu eu reparto com você
O que é meu eu divido com você. O que é meu eu compartilho com você

Lucas 10.36-37 “Qual destes três te parece ter sido o próximo do homem que caiu nas mãos dos salteadores? Respondeu-lhe o intérprete da Lei: O que usou de misericórdia para com ele. Então, lhe disse: Vai e procede tu de igual modo”.

Conclusão:

Vivendo uma vida que faz sentido

Esse intérprete da lei teve de Jesus uma orientação quanto a sensação que a vida não poderia ser apenas aquilo que ele estava experimentando...

Será que existe outra dimensão de vida que eu não conheço? Jesus ensina que sim!

Uma vida que vale a pena ser vivida!

Jesus responde: Como é que você experimenta isso que está escondido atrás da rotina cotidiana de todos nós? Atrás da cortina que nos deixa com a constante sensação que estamos perdendo a vida pelas mãos?

Se você tem vivido uma vida com relação àqueles que precisam: Da sua ajuda. Da sua misericórdia. Da sua compaixão. Do sua entrada. Do seu amor

E você simplesmente os ignora. Você menospreza... Você vira o rosto... Você faz de contra que não vê...

Sua vida é medíocre! E você de fato verá sua vida se perder entre seus dedos. Você não verá sentido algum em viver.

Você simplesmente ignora a realidade diante de você em vista a uma ilusão de uma vida cristã que simplesmente não existe.

Uma vida que vale a pena ser vivada é aquela que você não vive exclusivamente para você mesmo.

A verdade é que amar é um risco. A verdade é que amar faz você sofrer. A verdade é que amar faz você ficar vulnerável.

Mas também é verdade que aquele que ama seu próximo. Reflete aquilo que Jesus fez o tempo todo.

Qual é seu estilo de vida? Antipatia? Apatia? Empatia?

O que é teu é meu? O que é teu é teu, e o que meu é meu? Ou o que é meu também é teu?

Adaptado Pastor EdReneK

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Um Deus de segunda chance



Quantas chances você merece? Quantas chances você pode ofertar a uma mesma pessoa? Quantas chances você gostaria de receber diante de um erro, de um fracasso? Será que o meu desejo de pecar é maior do meu desejo de ter novas oportunidades?

Quase todos, ou todos nós vamos frustrar, não os planos de Deus, mas o seu desejo dele a nosso respeito. No campo da “Separação com o mundo

Eu não tenho duvidas que o pensamento que Deus tem a respeito da igreja é o melhor. Fora da pratica do mundo. Longe das finas iguarias do rei. Abandonando a pocilga e as alfarrobas dos porcos

Salomão usa uma linguagem perniciosa para descrever a mulher adultera que descreve também um pouquinho da gente.

Provérbios 7.4-24 “Dize à Sabedoria: Tu és minha irmã; e ao Entendimento chama teu parente; para te guardarem da mulher alheia, da estranha que lisonjeia com palavras. Porque da janela da minha casa, por minhas grades, olhando eu, vi entre os simples, descobri entre os jovens um que era carecente de juízo, que ia e vinha pela rua junto à esquina da mulher estranha e seguia o caminho da sua casa, à tarde do dia, no crepúsculo, na escuridão da noite, nas trevas. Eis que a mulher lhe sai ao encontro, com vestes de prostituta e astuta de coração. É apaixonada e inquieta, cujos pés não param em casa; ora está nas ruas, ora, nas praças, espreitando por todos os cantos. Aproximou-se dele, e o beijou, e de cara impudente lhe diz: Sacrifícios pacíficos tinha eu de oferecer; paguei hoje os meus votos. Por isso, saí ao teu encontro, a buscar-te, e te achei. Já cobri de colchas a minha cama, de linho fino do Egito, de várias cores; já perfumei o meu leito com mirra, aloés e cinamomo. Vem, embriaguemo-nos com as delícias do amor, até pela manhã; gozemos amores. Porque o meu marido não está em casa, saiu de viagem para longe. Levou consigo um saquitel de dinheiro; só por volta da lua cheia ele tornará para casa. Seduziu-o com as suas muitas palavras, com as lisonjas dos seus lábios o arrastou. E ele num instante a segue, como o boi que vai ao matadouro; como o cervo que corre para a rede, até que a flecha lhe atravesse o coração; como a ave que se apressa para o laço, sem saber que isto lhe custará a vida.  Agora, pois, filho, dá-me ouvidos e sê atento às palavras da minha boca;

Tenho para mim... Que todos nós... Se já não aconteceu... Acontecerá... Espero que nunca aconteça... Mas cuidado porque você pode estar vivenciado o desejo da mulher adultera

Somos para o mundo como uma adultera foi para esse tolo rapaz. Estamos à procura de prazer carnal... Queremos nos divertir a custa de traições... Somos insaciáveis na criatividade de enganar e encobrir.
Somos apaixonados pelo outro. Adornamos o nosso quarto para receber o estranho.

Isso é o ser-humano! O ser humano é assim “Louco” “Apaixonado” “Inquieto
Desprendido para os desejos... Uma fome do tamanho do mundo...

Mas ao mesmo tempo. Vivemos uma luta constante... Não queremos ser assim.
Queremos ser fiel. Queremos mortificar os feitos da carne.

E nessa angústia de espírito e a frouxidão da carne. Temos talvez em Paulo o melhor que reflete esse estado de confusão de desejos e vontades.

Romanos 7.15-24 “Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto. Ora, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. Neste caso, quem faz isto já não sou eu, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim. Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim. Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?”

Você percebe a aflição de Paulo o apóstolo? A angustia, a aflição do espírito em meio as desejos carnais? Minha carne deseja pecar... Mas interiormente tenho prazer em Deus. Isso é uma desgraça, Paulo desabafa! Desventurado homem que eu sou!
Infeliz! Eu sou infeliz, por causa dessa luta que enfrento todo santo dia.

Mas essa fala de Paulo, não termina com uma incógnita? Quem me librará do corpo desta morte...? Ou melhor... Quem vai me libertar de mim mesmo...? Quem vai soltar essas algemas que me prende a esses desejos da carne?

A fala de Paulo não termina com um “Ponto de interrogação”. Termina com uma “Exclamação”. Um grito de liberdade. Um alívio.

Romanos 7.25 “Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado”.

O que Paulo está querendo ensinar?

Meu irmão, minha irmã... Suas lutas deverá ser constantes... Não cesse de lutar... Não deixe um dia sequer sem embainhar a sua espada.
Faça desse propósito uma luta diária. Não descanse de lutar contra o pecado.

Entretanto chega um pouco. Que estamos tão cansados. Estamos tão pra baixo.
Estamos tão desmotivados. Que deixamos a nossas armas ao lado. Baixamos a guarda... E começamos nos entregamos à derrota...

É justamente nesse estado de miséria, de derrota, de angustia, de aflição que GRAÇA DE DEUS começa se manifestar nas nossas vidas.

Na forma de novas oportunidades... Deus nos dá novas chances. E essa oportunidade vem para nos alavancar a seguirmos em frente... Continuarmos as nossas lutas...

E nesse espírito de lutas. Me  vêm a memória o registro da vida de outro personagem. Tão fascinante quanto à de Paulo. Pedro é uma figura fantástica do Novo testamento

Porque foi com Pedro o apóstolo o relacionamento mais intenso e mais profundo de amor de Jesus. Com certeza essa narrativa bíblica demonstra esse relacionamento intenso do interesse do Senhor sobre o Pedro...

Conclusão

Nosso Deus é um Deus de segunda chance. Aproveita as oportunidades que ele tem oferecido a você. Mesmo diante das suas falhas e de seus fracassos ele deseja te ajudar. Mesmo quando você já desistiu de você mesmo, ele ainda tem interesse na sua vida. Ore ao Senhor e peça-lhe essa nova oportunidade de seguir em frente.

sábado, 15 de setembro de 2012

Mudanças Significativas


Leitura: Mateus 3.7-10 “Vendo ele, porém, que muitos fariseus e saduceus vinham ao batismo, disse-lhes: Raça de víboras, quem vos induziu a fugir da ira vindoura? Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento; e não comeceis a dizer entre vós mesmos: Temos por pai a Abraão; porque eu vos afirmo que destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão. Já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo”.

As três principais seitas judaicas no tempo de Cristo foram: Os saduceus.  Os essênios. Os fariseus.

Essas seitas surgiram no segundo século antes de Cristo. Nessa ocasião surgiu um líder que governava a Síria. Conhecido como Antíoco Epifanes. Antíoco queria que os judeus abandonassem a sua religião. Tentou destruir as Escritura. Mandou castigar com a morte todos quantos fossem encontrados com o livro da lei.

Certa ocasião Antíoco mandou profanar o templo dos judeus. Mandou que seus homens entrassem no templo sagrado em Jerusalém E fizessem um sacrifício. Eles sacrificaram uma grande “Porca”, em cima do altar e o sangue do animal foi espalhado pelo lugar. Ele assim o fez para afrontar os judeus, visto que o “Porco” é um animal considerado pela lei como “Imundo”. E jamais deveria ser usado para sacrifício.

E nessa pressão de Epifanes, contra os judeus, começaram a surgiu grupo de revoltas. Grupos políticos. E que também eram religiosos.

Um dos primeiros grupos a surgir foi os “Saduceus”. Os saduceus eram Aristocratas. Eram Ricos e poderosos. Donos de grandes propriedades e terras. Ocupavam cargos poderosos e de renome na cidade. Os sacerdotes eram saduceus... O sumo-sacerdote era saduceu.

Os saduceus também ocupavam a maioria dos 70 lugares do conselho judaico chamado de “Sinédrio”. Religiosamente: Os saduceus eram mais conservadores na área de doutrina do que os fariseus. Eles negaram qualquer ressurreição dos mortos. Eles negaram qualquer vida depois da morte. Defendia que a alma perecia com a morte. Negaram a existência de um mundo espiritual, ou seja, anjos e demônio.

Entretanto os saduceus estavam mais preocupados com a política do que com a religião. Eles não se preocuparam tanto com Jesus. Até quando as coisas chegaram ao ponto de que Jesus iria chamar a atenção indesejada de Roma.

Foi a esta altura que os fariseus e saduceus se uniram e começaram a planejar a morte de Cristo. Os saduceus foram responsáveis pela morte de Tiago conforme registrado no livro de Atos e de acordo com o historiador Josefo..

Os saduceus deixaram de existir por volta do ano 70 D.C. Quando Roma destruiu Jerusalém e o Templo em 70 D.C. Os saduceus também foram destruídos.

Quando pensamos no segundo grupo “Os fariseus”. Em sua maioria eram empresários da classe média, não da classe alta, da classe alta eram os “Saduceus”. E por essa razão eles tinham mais contato com o homem comum. Os fariseus eram mais aceito pelo povo do que os saduceus.

Apesar de que os fariseus eram minoria no Sinédrio. O que parece é que eles detinham maiores poderes nas decisões do que os Saduceus, já que tinham o apoio do povo.

Diferente dos Saduceus, os fariseus, acreditavam: Ressurreição dos mortos. Acreditavam em uma vida depois da morte. Acreditavam na existência de anjos e demônios. Acreditam na tradição oral dos líderes religiosos em pé de igualdade com as Escrituras.

Atos 23:8 “Pois os saduceus declaram não haver ressurreição, nem anjo, nem espírito; ao passo que os fariseus admitem todas essas coisas”.

Apesar dos fariseus serem rivais com os saduceus, eles conseguiram colocar suas diferenças de lado em uma ocasião. Na perseguição, no julgamento e na morte de Cristo. Foi neste ponto que os fariseus e saduceus se uniram para colocar Cristo à morte

João 11.57 “Ora, os principais sacerdotes e os fariseus tinham dado ordem para, se alguém soubesse onde ele estava denunciá-lo, a fim de o prenderem”.

Tanto os fariseus quanto os saduceus foram muito censurados por Jesus. Talvez a melhor lição que podemos aprender com os fariseus e saduceus é a de não ser como eles. Ao contrário dos saduceus, devemos acreditar em tudo o que a Bíblia diz, incluindo no supernatural e em vida após a morte. Ao contrário dos fariseus, não devemos tratar tradições como tendo igual autoridade com a Escritura.

Entretanto a censura não se detém apenas dos artigos de fé. O problema não era apenas a doutrina. O maior problema dos saduceus e os fariseus é o que foi registrado pelo Evangelista Mateus no capítulo três, nas palavras de João Batista.

Mateus 3.7-10 “Vendo ele, porém, que muitos fariseus e saduceus vinham ao batismo, disse-lhes: Raça de víboras, quem vos induziu a fugir da ira vindoura? Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento; e não comeceis a dizer entre vós mesmos: Temos por pai a Abraão; porque eu vos afirmo que destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão. Já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo”.

Esse texto descreve para nós o que é esperado de alguém que verdadeiramente quer seguir a Jesus. Você quer seguir Jesus? Você é um seguidor de Jesus. Você está disposto a seguir os seus passos?

João traz uma advertência. Você precisa dar provas de mudanças. Não adianta vir para mim e diz com seus lábios o que eu quero ouvir, mas lá no fundo, no seu coração você quer outra coisa...

Note essa sabedoria, a qual João com certeza era conhecedor:

Provérbios 14.15 “O simples dá crédito a toda palavra, mas o prudente atenta para os seus passos”.

Em sua opinião você acha que João Batista: Ao exortar os fariseus e os saduceus a darem “Provas contundentes de mudanças”. Ele estava sendo simples, ou seja, “Ingênuo” sem “sabedoria”. Ou ele estava sendo “Prudente”, “Sábio”?

Obviamente ele estava sendo “Prudente”. O próprio havia dito: Nem todo que me diz “Senhor, Senhor entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade do meu Pai”.

Suas palavras perdem credibilidade quando sua vida, não está em concordância com a doutrina.

Os fariseus e os saduceus: Manipulavam as Escrituras. Desonravam a Deus. Faziam o que queriam. E depois querem ir até João para ser batizado...??!!

Qual deveria ser a postura de João? Vem... E eu te batizo com águas de arrependimento. Não! Mil vezes não! Absolutamente não!

Eles não tinham evidencias de que haviam mudado. Pelo contrário... Eram venenos e perigosos. Disseminavam coisas horrendas...

Aceitar um Saduceus na condição como eles viviam seria uma ofensa à santidade de Deus. Do mesmo modo aceitar um fariseu na condição como eles viviam seria uma afronta ao próprio Deus.

Por isso que João foi enfático: Mateus 3.7-10 “Vendo ele, porém, que muitos fariseus e saduceus vinham ao batismo, disse-lhes: Raça de víboras, quem vos induziu a fugir da ira vindoura? Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento; e não comeceis a dizer entre vós mesmos: Temos por pai a Abraão; porque eu vos afirmo que destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão. Já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo”.

João descreve elementos necessários para dar provas de mudança de vida. João chama esse grupo político e religioso de Raça de víboras. É uma figura de linguagem que significa: Pessoas astutas, mal-intencionadas, pessoas perversas.

Porque será que os saduceus e os fariseus queriam ser batizados com aguas que demonstram arrependimento? Graças a Deus os fariseus e os saduceus não foram aceitos, porque se não o cristianismo teria sido contaminado antes mesmo do seu nascimento.

Para você pertencer a Deus... Você precisa dar as costas para seus pecados. Arrependimento é dar as costas para seus pecados. Você precisa decidir abandonar o seu pecado. Como os judeus precisavam “Deitar fora os ídolos”. Nós também precisamos “Deitar fora os nossos ídolos”.

Pr. Mário Botão 

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Intimidade Desigual



Por que o casamento misto era proibido? 

As esposas pagãs acabariam levando o povo de Deus à idolatria, fato tristemente observado na vida de Salomão, justo o homem mais rico e sábio, através de suas muitas esposas, tornou-se seguidor de Astarote, a deus Cananéia da fertilidade cujo culto envolvia ritos sexuais e astrologia. Também seguiu a Milcom e Moloque, cujos cultos envolvia sacrifícios humanos, particularmente de crianças (1Rs 11.1-7).

Não basta sabedoria, mesmo que sobrenaturalmente concedida, devemos, acima de tudo, ser obedientes!


A Bíblia diz categoricamente: 2Co 6.14 “Não vos prendias a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?”.

O termo “Comunhão” significa: Compartilhamento. Uniformidade. Associação próxima. Parceria. Participação.

O termo “Trevas” significa:  Escuridão física. Escuridão espiritual. Escuridão moral. Escuridão intelectual.

As trevas surgem: Do erro. Da ignorância. Da desobediência. Da cegueira voluntária. Da rebelião.

Nesse versículo, Paulo ratifica seu ensino anterior para que os crentes evitem toda sorte de associações com idolatria e qualquer união comprometedora com infiéis.

O casamento não é um mero contrato social, mas uma instituição divina que tem de ser levada a sério e firmada de acordo com a vontade de Deus.

Devemos ter a consciência de que o casamento é uma instituição divina, compreender que Deus não aprova o casamento misto e entender que o jugo desigual acarreta pesadas consequências.

Em Gênesis 2.18 está escrito: “E disse o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele.”

O Matrimônio não é um produto cultural humano. Foi o próprio Deus quem ajuntou o homem e a mulher mesmo antes da existência do pecado.

Podemos concluir que o casamento é uma instituição de Deus não devemos tratá-lo como se fosse do homem usando a sabedoria do homem para melhorá-lo, manipular ou regulamentar.

Deus tem dado a Sua palavra sobre o assunto e é essa que queremos e devemos seguir: “Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem” (Mt 19.6).

De uma forma geral, tanto o homem quanto a mulher possuem uma necessidade nata de ter um ao outro e nessa união glorificar a Deus.

Quando essa união não acontece, o que há é um vazio e solidão. Deus mesmo testificou que “não é bom que o homem esteja só”. Por este motivo criou Deus essa instituição que, apesar da perseguição e oposição, permanece firme.

O casamento foi instituído por Deus com o objetivo de proporcionar felicidade ao homem e a mulher.

Genesis 2.24 “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne”.

Conclusão:

Paulo exultou com a liberdade que há em Cristo. Somos livres para servir ao Senhor de todas as maneiras coerentes com a sua Palavra, vontade, natureza e santidade. Deus instituiu o casamento para ser uma bênção, no entanto, precisamos obedecer ao Senhor.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Mergulhando no AMOR de Deus



A maior necessidade do coração humano é o amor. E somente aqueles que tiveram um encontro verdadeiro com o Senhor desfrutam dessa plenitude.

Se você pela fé recebeu Jesus a promessa é que o espírito Santo derramou o amor dele em sua alma. E agora você pode liberar esse amor ao seu cônjuge e ama-lo intensamente como o Senhor espera que você o faça.

Entretanto esse novo estilo de vida é consciente de que você precisa de Deus a cada dia, continuamente e initerruptamente. Deus é a sua fonte. Deus é a origem do amor

Mesmo que o seu amor pelo seu cônjuge falhe, ou venha falhar.
  • O amor de Deus nunca falha.
  • Nunca se esgota.
  • Nunca se perde o amor de Deus é eternamente eterno.
  • Deus sempre chegará na hora.
  • Deus nunca vai desapontar.

Em Deus suas expectativas sempre são alcançadas. Sua esposa pode lhe desapontar mais uma vez. Seu esposo pode decepcionar você muitas vezes. Mas Deus nunca me desaponta.

Todos os dias você cria expectativas a respeito do seu cônjuge. Algumas vezes ele até preenche suas expectativas. Às vezes não. Mas ele nunca será capaz de satisfazer todas as suas exigências

Deus é digno de confiança. Seu cônjuge lhe proporciona paz interior? Não.

Mas Deus pode proporcionar:

Filipenses 4:6-7 “Não andeis ansiosos por coisa alguma; antes em tudo sejam os vossos pedidos conhecidos diante de Deus pela oração e súplica com ações de graças; e a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus".

Existem necessidades em sua vida que somente Deus pode satisfazer totalmente. Apesar do seu marido ou da sua esposa poder preencher alguns desses requisitos - Pelo menos ocasionalmente. 
  • Deus é capaz de supri-los por completo.
  • Sua necessidade de amor.
  • Sua necessidade de aceitação.
  • Sua necessidade de alegria.

É hora de parar de esperar que alguém ou alguma coisa lhe faça completo para sempre. Somente Deus pode fazer isso à medida que você aprende a depender d’Ele.

Mas Ele quer fazer isso à maneira d’Ele.

Filipenses 4.19 "Meu Deus suprirá todas as vossas necessidades segundo as suas riquezas na glória em Cristo Jesus".

Desafio:

Separe um tempo para orar e ler a bíblia. Tente ler um capítulo de provérbios a cada dia (São trinta e um - um suprimento para o mês todo e todos os meses.).

Mergulhe sua alma no Senhor e o busque intensamente.

Pr Mário (Adaptado o DESAFIO DE AMAR)

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Fogo Purificador


Leitura: Isaías 48.10 “Eis que te acrisolei, mas disso não resultou prata; provei-te na fornalha da aflição”.

Porque falar sobre “Disciplina”? Porque é uma palavra altamente referencial nos Escritos Sagrados. No Antigo Testamento essa palavra aparece quase 900x. Podendo ser traduzida como: Punição, admoestação e ou Instrução.

No livro de provérbios temos várias vezes a palavra Disciplina. Invariavelmente todas elas devidamente aplicadas produz “correção”. Ou seja, a “Restauração plena de uma alma em decadência”.

Salomão é categórico ao afirma que aquele que retém a disciplina é “Estúpido e não ama o conhecimento”. Provérbios 12:1 “Quem ama a disciplina ama o conhecimento, mas o que aborrece a repreensão é estúpido”.

No Novo testamento também temos a palavra “Disciplina”. O termo grego é “Paideia”. Que vem da raiz “Pais” no grego que traduzido no português é criança, menino, infante.

A palavra “Paideia” é usada em vários contextos, como: Correção de erro... Punição severa contra um determinado crime... Instrução... Treino olímpico...

Por exemplo, quando o Novo Testamento foi escrito, os jogos olímpicos eram familiares e populares. E muitos atletas submetiam as duras e regidas “Paidéia” par obter os melhores resultados. Eles se submetem a uma dura disciplina, impostas pelos seus treinadores os “Paideutes”. Eles tinham que ser disciplinados... Os melhores resultados vinham sob aqueles atletas que se submetiam as duras e rígidas disciplinas.

As Escrituras de modo geral. Tratam de disciplina de um modo natural e necessário. Tanto para corrigir e instruir... Como até para punir...

Por exemplo, quando a igreja trata de “Disciplina”. Entendemos que o papel da igreja dentre esses modos onde a palavra se relaciona no contexto bíblico.

A igreja que é exortada a disciplinar, não deve fazê-lo no sentido de PUNIÇÃO. A disciplina eclesiástica não tem a finalidade “Punir”, “Castigar”. E sim corrigir, restaurar, instruir, admoestar.

No entanto a gente prefere ficar na admoestação oral. Às vezes o pastor precisa ser mais enérgico, mas firme... Mas não vamos usar a “Vara” literalmente dentro da igreja...

Entretanto há algumas situações que a “Vara” literal se faz necessária. Obviamente não dentro da igreja

A mensagem dessa noite tem esse objetivo: Demonstrar os meios pelos quais o homem é disciplinado dentro do contexto bíblico

O primeiro meio reconhecido de disciplina é aquele aplicado pelas autoridades


Nós reconhecemos o valor e a importância das autoridades civis e militares para manter a ordem;

Romanos 13.1 “Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas”.

Alias que se diga de passagem... Uma das finalidades das autoridades civis e militares é manter a ordem. Quando isso não acontece às autoridades tem permissão de Deus para aplicar punições.

Irmãos uma coisa deve ser devidamente esclarecida. O apóstolo expor um ensino detalhado sobre “Submissão as autoridades” num contexto social onde regia um regime imperialista ditatorial, onde os cristãos eram visto como uma ameaça à ordem.

Não foi fácil... O que deveriam ter falado mal de Paulo... Esse Paulo não sabe o que está falando... Obedecer a um regime corrupto... Esses romanos cruéis, ladrões...

Naquele tempo, o imperador romano, Nero, oprimia as nações. Ele mandou matar muitos cristãos. E o apóstolo Paulo exorta os fiéis contra todo o raciocínio humano. A exortação era de se submeterem as autoridades. Obedecer e cooperar. Porque mesmo um ditador é, no cargo, servo de Deus. Colocado em sua posição de autoridade conforme os planos de Deus. Como Deus o diz: Não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas.

Se falar de submissão num contesto de regime democrático já é difícil, imagine falar num contexto Imperial? Onde o seu irmão talvez acabasse de ser morto. Seus pais estão na cadeira... Você está sofrendo uma iminente ameaça de ser encarcerado...

Romanos 13:4 “Visto que a autoridade é ministro de Deus para teu bem. Entretanto, se fizeres o mal, teme; porque não é sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal”.

O que esse texto quer diz quando diz “vingador, para castigar o que pratica o mal”? Significa que se você não se comportar devidamente você vai sentir a lâmina da minha espada penetrando as suas entranhas.

Resistir a essa verdade é resistir ao próprio Deus. Eu sei que não dá pra concordar com tudo o que as autoridades fazem... Principalmente autoridades que fazem mal usam de seu poder... Parcialidade no julgar. Tratar com Injustiça. Não defender a causa do oprimido. Desdenhar para os opressores. Isso é inadmissível. Isso é inaceitável

Por essa razão há inúmeros versículos que falam como devem proceder as autoridades: Os magistrados. Os Governantes. Os reis. Os soldados. E até os pais numa proporção menor...

Mas uma coisa é certa. Na perspectiva de manter a ordem é necessário e permitido usar a “espada”. Principalmente para aqueles que praticam o “Mal”. Os desordeiros... Os brigões...

Deus usa as autoridades para PUNIR o infrator. Esse é o primeiro meio pelo qual a disciplina é aplicada

O segundo meio, entretanto tolerado é aquele aplicado pelos inimigos.

Deus permitiu os inimigos aplicarem a disciplina em seu próprio povo inúmeras vezes. E tudo foi devidamente registrado. O povo de Israel foi muitas vezes entregue nas mãos de seus inimigos. Deus os entregou para correção.

Esses inimigos poderiam ser um:

  • Exército fortemente armado
  • Povo devidamente motivado, não necessariamente armado belicamente.
  • Algumas pessoas ardilosamente infiltradas
  • Outras vezes Deus entregou na própria mão do Diabo
  • Deus permitiu Satanás ter pode sobre a vida de determinadas pessoas.
Temos um episódio muito interessante no Antigo Testamento que nos ajuda entender essa possibilidade de disciplina “Cair nas mãos dos inimigos”. Davi mais uma vez pisa na bola com Deus... E Deus tem que corrigi-lo... O rei Davi é como a gente... Falar às vezes não é suficiente... Às vezes como Davi a gente precisa cair nas mãos dos inimigos. E Deus permite... Ele tolera que os ímpios nos corrijam...

Veja a situação que interessante: 1 Crônicas 21.9-13 “Falou, pois, o SENHOR a Gade, o vidente de Davi, dizendo: Vai e dize a Davi: Assim diz o SENHOR: Três coisas te ofereço; escolhe uma delas, para que ta faça. Veio, pois, Gade a Davi e lhe disse: Assim diz o SENHOR: Escolhe o que queres: ou três anos de fome, ou que por três meses sejas consumido diante dos teus adversários, e a espada de teus inimigos te alcance, ou que por três dias a espada do SENHOR, isto é, a peste na terra, e o Anjo do SENHOR causem destruição em todos os territórios de Israel; vê, pois, agora, que resposta hei de dar ao que me enviou. Então, disse Davi a Gade: Estou em grande angústia; caia eu, pois, nas mãos do SENHOR, porque são muitíssimas as suas misericórdias, mas nas mãos dos homens não caia eu”.

Deus permite Davi escolher qual punição ele quer receber
1 – Três anos de fome
2 – Três meses nas mãos dos inimigos
3- Três dias da espada do Senhor (peste na terra)

O que me chama a atenção era a convicção de Davi de que melhor era cair nas mãos de Deus do que nas mãos de seus inimigos. Porque Deus teria piedade e seus inimigos não.

É cruel quando alguém é entregue nas mãos dos inimigos. Mas recusou a correção do Senhor... Deus entrega...

Foi o caso de Israel durante a conquista de Canaã. Israel insistia em desobedecer a Deus. Deus entregava seu povo nas mãos de seus inimigos. E quando eles estavam nas mãos dos inimigos eles clamavam ao Senhor e queriam voltar... Porque aprendeu que debaixo das mãos corretiva de Deus é infinitamente melhor do que nas mãos dos inimigos.

Isso verdadeiramente aconteceu, e Deus havia alertado de antemão os israelitas: Deuteronômio 28.25 “O SENHOR te fará cair diante dos teus inimigos; por um caminho, sairás contra eles, e, por sete caminhos, fugirás diante deles, e serás motivo de horror para todos os reinos da terra”.

Paulo foi ousado numa ocasião. Paulo deveria ter sido odiado por muitas pessoas. Pessoas com aversão de Paulo

No livro de 1 Coríntios temos um camarada que vivida de modo imoral e isso era de conhecimento geral. Todo mundo sabia... E ninguém fazia nada... E Paulo orienta entregue esse “Tal” nas mãos do inimigo.

1Co 5.3-5 “Eu, na verdade, ainda que ausente em pessoa, mas presente em espírito, já sentenciei, como se estivesse presente, que o autor de tal infâmia seja,  em nome do Senhor Jesus, reunidos vós e o meu espírito, com o poder de Jesus, nosso Senhor, entregue a Satanás para a destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor Jesus”.

Esse texto traz várias verdades. A primeira verdade é que uma pessoa em prática de pecado, que não se arrepende, não quer mudar dever ser: “Entregue a Satanás”. V.5

A segunda verdade se relaciona com o propósito imediato da entrega que é a destruição do corpo físico desse crente obstinado. “Entregue a Satanás para a destruição da carne”. V5

E uma terceira verdade claramente implícita demonstra o propósito final dessa entrega que é a “Salvação da alma”. “A fim de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor Jesus”. V.5

A igreja coríntia tinha a mente tão aberta e tolerante que não fazia nada para eliminar a imoralidade que tinha-se infiltrado na congregação.  O comportamento de um de seus irmãos era escandaloso, mas ninguém o tinha corrigido adequadamente. Paulo explicou que tal impureza, deixada sem correção, pode destruir uma comunidade inteira de santos. Ele mandou que expulsassem o pecador obstinado.

Mas a preservação da congregação não é a única meta. Este ato disciplinar é um ato de amor, buscando os melhores interesses do irmão rejeitado. O versículo 5 diz: "... entregue a Satanás para a destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor [Jesus]."

Esse homem salvo porém obstinado estava tentando manter um pé no reino de Deus enquanto o outro estava no mundo. Seus irmãos não podiam forçá-lo a tirar o pé do mundo. Mas podiam tirar seu outro pé do meio do povo de Deus.

Assim, entregaram-no a Satanás com um propósito: "a destruição da carne". O mundo vai destruí-lo... Satanás rege o mundo ímpio, menos a igreja... Às vezes acontece como no relato do filho pródigo. Que não quer ficar na casa do pai, nos termos do pai. E esse menino se foi... E quando se deu conta, do estado de miséria, numa pocilga, ele quer voltar e de fato volta e é recebido com muito regozijo para os braços amorosos do Pai.

Muitos não voltam. Porque alguns não voltam? João 3.19 “O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más”.

Basicamente aprendemos dois meios de disciplina. Aquele praticado pelas autoridades. Aquele praticado pelos inimigos.

O terceiro meio disciplinar é aquele onde o próprio Deus assume a correção e resgate


1 Pedro 4:12 “Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo”.

Deus nos prova quanto lhe apraz: Precisamos de provas. Precisamos de medidas corretivas. Se não o nosso velho homem não será destruído. Deus precisa nos ajudar

E a provação faz da gente, crentes melhores. A provação remove da gente imperfeições, impurezas.

Todo o crente precisa de correções... Boa parte das correções Deus o faz através da sua Palavra. Ele fala conosco e agente assimila o conteúdo e obedece. Às vezes temos “Cabeça dura”. Como eu e você em determinadas situações

Aí, O senhor tem que nos levar para REFINARIA e trabalha com a gente.

Salmos 66.10 “Pois tu, ó Deus, nos provaste; acrisolaste-nos como se acrisola a prata”.

Provérbios 17:3 “O crisol prova a prata, e o forno, o ouro; mas aos corações prova o SENHOR”.

A pepita de ouro, em seu estado bruto, pode ser irreconhecível para a maioria das pessoas. Sua forma é irregular. Por estar coberta de sujeira, seu brilho é mínimo ou até ausente. O garimpeiro escolhe a pepita entre tantas pedras do rio ou escava a terra à sua procura. Ela é separada e recolhida com todo cuidado. A pepita pode ser lavada, mas esse ato remove apenas a sujeira exterior. Em seguida, ela é conduzida ao fogo que, com temperatura altíssima, derrete o ouro. Pode parecer que, ao final, nada restará. De certo modo, sim. A mudança é tão drástica que o nome deixa de ser apropriado. O calor do fogo faz com que o ouro se derreta, tirando-o de seu estado bruto e duro. Ocorre, então, a separação entre o precioso metal e as outras substâncias que estavam nele incrustadas. Muitas delas serão consumidas pelo fogo. Outras serão removidas. Terminada a purificação, o ouro derretido, aceita a forma que o ourives desejar, seja ela qual for. O metal está totalmente flexível e maleável. Ao final, o resultado será uma barra de ouro puro ou uma joia preciosa.

Conclusão

As Escrituras de modo geral. Tratam de disciplina de um modo natural e necessário. Tanto para corrigir e instruir... Como até para punir...

O que devemos pensar é QUEM a gente quer para nos corrigir? Queremos dizer para Deus como ele deve tratar com a gente... Mas não é assim que funciona

Deus quer um coração submisso e pronto a aceitar a sua correção. Quando isso não acontece. Ele pode usar as autoridades civis. Ou pode até usar os ímpios. Tanto os ímpios como o diabo não terão piedade

O Senhor Deus pode remover todas as nossas imperfeição sem destruir as nossas vidas. É um processo dificílimo, mas extremamente necessário e recompensador.

Se você precisa de correções, aceita aquela que vem do Senhor e muda a sua forma de pensar,

Pr Mário Botão