quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Ilusão de imagens


Faremos sobre “Parcialidade no tratamento”. 

A maneira como você trata as pessoas tem muito haver como o modo como você a vê, “Estado e Qualidade de imagem”.

Leitura: Pv 24.23 “São também estes provérbios dos sábios. Parcialidade no julgar não é bom”.

O que são critérios pessoais? Critério é uma medida pelo qual nos permite fazer distinção, critério é avaliar.

Todos nós possuímos valores, pelos quais avaliamos tudo o que está ao nosso redor,
Avaliamos situações,
Avaliamos coisas,
Avaliamos pessoas,
Avaliamos circunstâncias,
Avaliamos comportamento,
Avaliamos caráter,
E dependendo do resultado podemos ou não aceitar.

Por muito tempo houve aversão e ainda há aversão com relação à raça, por exemplo: Os judeus não se davam com a raça dos samaritanos conforme o relato bíblico; Os portugueses no século XV por questão comercial considerava os negros inferiores.

Quais são outros exemplos que você conhece de preconceito?

Nos EUA o racismo chega ao extremo contra negros, índios, asiáticos e latino-americanos, apesar de que hoje existem leis que asseguram proteção para essa classe racial.

O Nazismo no século XIX na Alemanha, fundada por Adolf Hitler considerava alguns grupos minoritários como indesejados, por exemplo: Testemunha de Jeová, Eslavos, poloneses, Ciganos, Homossexuais, deficientes físicos e principalmente os judeus.

A isso também chamamos “preconceito” ou “discriminação”. A discriminação leva ao juízo de exclusão, e em alguns casos violência contra a integridade moral e física da pessoa.

A legislação brasileira considera crime o ato discriminatório quando aplicado às pessoas: Origem, Raça, Cor, Estado civil, situação familiar, idade e sexo.

Como devemos lidar com essas questões?

Será que perdemos a liberdade de expressar discordância? Será que deveríamos reprimir uma repulsa por causa punição da lei? Não concordar com determinada prática também é crime? Criminalizar opinião não seria anticonstitucional?

O que a bíblia fala sobre esse assunto? Obviamente não vamos esgotar o assunto e nem muito menos abordar todas as questões levantas, vamos traças dois princípios bíblicos que nos ajudarão no trato desta questão.

1º Princípio: Deus não faz acepção de pessoas.

Romanos 2.11 “Porque para com Deus não há acepção de pessoas”.

A palavra “Acepção” no grego é a junção de duas palavras: Prosopolepsia, que significa: “Consideração pelo exterior”. Prosopolepsia é a falta de alguém que avalia considerando apenas as circunstâncias externas das pessoas.

Nesse sentido, Deus não faz “Acepção de Pessoas”. Deus pode ou não agir favoravelmente pela sua “Graça” na vida de qualquer pessoa, sem levar em consideração: Raça, cor, sexo, idade, condição social ou familiar.

Falaríamos que Deus faz “Acepção de Pessoas” se ele levasse em consideração: Raça, cor, sexo, idade, condição social ou familiar.

E sabemos que isto, Deus não faz!

Temos várias situações onde a bíblia descreve que Deus não faz acepção de pessoas. A primeira referencia está no livro de Deuteronômio,

Deuteronômio 10.17-19 “Pois o SENHOR, vosso Deus, é o Deus dos deuses e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e temível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita suborno; que faz justiça ao órfão e à viúva e ama o estrangeiro, dando-lhe pão e vestes. Amai, pois, o estrangeiro, porque fostes estrangeiros na terra do Egito”.

O livro de Deuteronômio foi escrito no período que antecedia a entrada na terra de Canãa.  O contexto do livro é muito interessante, por que já se passaram 40 anos desde que eles foram libertos do Egito.

E Deus esta explicando a maneira como os que os judeus deveriam lidar com as diversas classes de  pessoas em vista a maneira como ele próprio o Deus de Israel lida com essas pessoas.

E vemos isso no texto: Órfãos, Viúvas, e estrangeiros.

Descrevendo com isso que Deus não leva em consideração: Raça, cor, sexo, idade, condição social ou familiar.

Outro episódio bem conhecido está no livro de Atos.

Atos 10.34 “Então, falou Pedro, dizendo: Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas”.

Qual é o contexto do qual Pedro está inserido e ele está afirmando que Deus não faz “Acepção de pessoas”? Atos é o livro que descreve o inicio da igreja primitiva, nesse texto Pedro está levando o Evangelho pela primeira vez aos gentios, e isso já é uma avança transcultural, alguns paradigmas já estão sendo quebrados devido à cultura judaica ortodoxa, Pedro foi chamado por Deus para levar o Evangelho à casa de Cornélio, centurião romano da coorte italiana.

E Pedro entender que Deus não faz acepção de pessoas principalmente com relação nacionalidade, Seja tribo, nação, raça, cor e línguas,

Veja o texto: Atos 10.34-35 “Então, falou Pedro, dizendo: Reconheço, por verdade, que Deus não faz acepção de pessoas; pelo contrário, em qualquer nação, aquele que o teme e faz o que é justo lhe é aceitável”.

Qual é o primeiro princípio que nos ajudará a lidar com essa questão sobre tratamento com pessoas? Deus não faz acepção de pessoas e você também não deve fazer.

E quem faz acepção de pessoas está em desobediência a palavra de Deus e não está refletindo uma postura de “Filho de Deus

Tiago 2.9 “Se, todavia, fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, sendo arguidos pela lei como transgressores”.

2º Princípio: Deus faz separação com o erro

2 Coríntios 6:17  Por isso, retirai-vos do meio deles, separai-vos, diz o Senhor; não toqueis em coisas impuras; e eu vos receberei,

A definição básica e elementar para Separação de Deus do erro é a sua “Santidade”.

No Antigo Testamento, Deus diz assim sobre a santidade dele mesmo:

Levítico 11:45 “Eu sou o SENHOR, que vos faço subir da terra do Egito, para que eu seja vosso Deus; portanto, vós sereis santos, porque eu sou santo”.

No Novo Testamento, Ele diz:

1Pedro 1:15-16 “pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque eu sou santo.”

A palavra usada por Pedro: “tornai-vos” significa “Deixar acontecer”. Deus deseja operar de tal modo em nossas vidas para reproduzirmos sua santidade.

Deus, ele é Perfeitamente Santo. Tanto que no livro de Isaias como no livro de Apocalipse encontramos a seguinte frase em relação a Deus “Santo, Santo, Santo”.

No hebraico não temos o superlativo como que temos no português, assim quando na literatura hebraica deseja-se “enfatizar” repete-se a palavra.

No português diríamos ”Deus é Santíssimo, ou seja: Santo, Santo, Santo”.
.
Quando vemos essa ênfase na “Santidade de Deus”, vemos então o motivo para a nossa própria “Santidade”,

O que isso significa ser Santo? Santo quer dizer “Separado”.  Deus é “Separado”,

Deus é “Separado”, de qualquer expressão de pecado. Deus não pode ficar no meio de um povo pecaminoso. Porque ele é “Santo”, totalmente “Separado do pecado”, é impossível que ele participe do pecado do homem;

Deus É Santo. É importante “Frisar” o verbo quando usamos para falar a “Santidade de Deus”. Nós não falamos que Deus “Está Santo”, nem faz sentido. Deus “É Santo”. Usamos o verbo “SER” nesse caso para “Enfatizar” o fato da qualidade de Deus que não pode ser tirado dele;

Deus não apenas decide o que é certo, ele é certo! Deus não finge a “Santidade”, Deus é Santo; Não devemos pensar que Deus decide o que é certo, Deus é certo, sempre. Faz parte do caráter de Deus e não tem como tirar dele;

Às vezes ser santo significa “Separar” de nós mesmos. O que quero dizer com isso? Muitas das vezes fazer o quer “queremos” nos impede de fazermos o que é certo.

Agora imagine com relação à vida de outras pessoas? Não estamos falando da situação racial ou social, estamos falando de questões morais e comportamentais.

Não é uma questão de acepção de pessoas. Porque sabemos que acepção de pessoas é pecado.

A rejeição não é a pessoa é o modo como vivem. Eu posso rejeitar comportamento sem rejeitar a pessoa. Eu posso desaprovar atitude moral sem discriminar a pessoa.

A impureza não está relacionada: Raça, cor, sexo, idade, condição social ou familiar.

A impureza está relacionada às decisões e comportamento morais contrárias a orientação de Deus.

Não importa se você é Afrodescendente ou Branco, o que importa é a maneira como você vive se está ou não em desacordo com a Palavra de Deus. Não importa se você é pobre ou rico, o que importa é seu estilo de vida, se reflete ou não vou vida em obediência a Palavra de Deus. Não importa se você é Judeu ou Cigano, o que importa são suas decisões morais, se fere ou não fere princípios bíblicos.

Se eu vou me separar de você não é por causa de fatores externos. É causa de fatores bíblicos.

E separa não quer dizer: Maltratar, violentar, menosprezar, ou ridicularizar.

Separação é não ter vínculo de intimidade com pessoas que andam em desobediência a Palavra de Deus, separação é discordar do estilo de vida que fere o caráter Santo de Deus, separação é desaprovar decisões que são contra a Bíblia Sagrada.

Conclusão:

Todos nós possuímos valores, pelos quais avaliamos tudo o que está ao nosso redor, devemos cuidar para não rejeitarmos as pessoas por critérios de preferências pessoais, devemos sim protestar e expressão nossa posição contra qualquer manifestação ou expressão de pecado.

Pr. Mário Botão

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