Áudio: Dia do Senhor
Existe uma mentalidade cristã de que todos os dias é dia do Senhor. Embora seja verdadeira essa expressão, mas percebemos uma incoerência pratica para aqueles que assim asseveram. Fazendo do domingo não “O dia do Senhor”, mas o “O dia do descaso”.
Então pra corrigir essa tendência humano de afrouxar
as responsabilidades, vamos trilhar por caminho e restabelecer novamente nossos
absolutos. Começamos com o Domingo é o dia do Senhor!
Introdução
Você conhece a expressão: Pontífice Máximo? A origem
da expressão está atrelada a cidade de Roma e especialmente ao imperador
Constantino.
A cidade de Roma nasceu de um aglomerado de casas
construídas próximas de uma ponte que atravessava o Rio Tibre. Foi exatamente
nesta ponte que Constantino teve aquela visão de uma “Cruz” que dizia “Com este
sinal vencerás”.
A dita ponte foi vital para o florescimento da cidade
de Roma, uma vez que ela pertencia a uma importante rota comercial.
A importância que os romanos atribuíram a essa ponte
foi tão grande que o título “Pontifex
Maximus” que significa “Grande
construtor de pontes” foi designado aos imperadores e mais tarde ao oficial
da igreja católica.
Entretanto essa expressão foi um empréstimo designado
aos patrícios. Quem eram os patrícios? Eram cidadãos romanos da nobreza, eles
tinham privilégios, isenção de impostos; facilidades governamentais; eram candidatos
a preencher cargo de Imperador; eram candidatos a preencher cargo do senador;
O colégio de Pontífices foi o mais importante cargo na
antiga história romana. O pontífice detinha autoridade Política e também Religiosa.
Era imensa a autoridade centralizada no Pontífice
Maximus. Por exemplo: O regulamento do calendário tanto cível, religioso e astronômico
era arbitrado pelo Pontífice Maximus.
Constantino foi um desses Pontífices Maximus. Constantino
ocupa um lugar de proeminência por que ele foi ao mesmo tempo “Pontífice Maximus” como pagão, e “Pontífice Maximus” como cristão.
Aliais, ele não abriu mão desse título, mesmo depois
da sua conversão, essa foi uma das razões por que ele só foi batizado no leito
de morte. Por ser uma associação pagã.
Constantino, também conhecido como Constantino Magno,
ou Constantino o Grande. Em latim: “Flavius
Valerius Constantinus”.
Foi proclamado imperador por Augustus no ano 25 de
julho de 306, triunfou sobre imperadores e bárbaros.
Constantino é uma figura controversa, aclamado por uns
e desmoralizado por outros. Mas por que estou falando sobre este personagem
histórico?
Por que hoje quero lhe falar acerta do “Domingo”. O Dia do Senhor.
E alguns acreditam que foi Constantino que oficializou
o “Domingo como o dia do Senhor”.
Temos que entender que a prática de separar o domingo
como o dia do Senhor é muito mais antiga do que dinastia constantiniana. O fato
é muito mais remoto. O Domingo é o dia do Senhor por outras razões que
comentaremos daqui a pouco.
Mas vamos nos deter sobre essa questão entre: “Constantino e o Sol invictus”.
Em resumo: Constantino foi
responsável por separar o “Dia do sol”,
domingo, como o dia de descanso e culto no ano 321. Entretanto somente em 325 no Concílio de
Nicéia o domingo seria confirmado como dia de descanso cristão, e a guarda do
sábado abolida no Concílio de Laodiceia.
Mas como isso procedeu? Sol Invicto era um título
religioso que foi aplicado a três divindades distintas durante o Império Romano.
Foi o imperador Aureliano que introduziu um culto oficial do Sol Invicto em 270
d.C. Fazendo do Deus Sol a primeira divindade do império.
O culto do Sol Invicto continuou a ser base do
paganismo oficial até a adesão do império ao cristianismo a partir do ano 313
da era cristã.
O chamado Edito de Constantino foi uma legislação do
imperador romano oficializando do “Dia
do sol”. O texto reza o seguinte: "Que todos os juízes, e todos os
habitantes da Cidade, e todos os mercadores e artífices descansem no venerável
dia do Sol”.
A princípio pensaram que Constantino era um Anti-Semita,
ou seja, alguém que era contra o povo judeu. Em primeiro lugar por que os
judeus estavam sendo caçados pelo império. Em Segundo lugar por que para os
judeus o Shabbat é o dia do Senhor e o dia do descanso.
Entretanto foi uma jogada estratégica política e
religiosa para convergir ambos os interesses.
Desse modo não podemos negar a influência de um
imperador cuja conversão é suspeita, cercada de contradições, mas que favoreceu
e muito a igreja que era amplamente perseguida nos primeiros séculos.
Deixando de lado essa história de transição e parceria
da igreja com o estado,
Assumiremos como verdadeiro os seguintes fatos:
(1) O Domingo foi separado como o “Dia do senhor” ainda quando Jesus
permaneceu com seus discípulos antes da sua ascensão.
(2) Também é importante ressaltar que o Domingo não
foi substituição do Sábado judaico.
Desse modo não concordamos que foi Constantino que
institui o Domingo como dia do Senhor e mesmo que o Domingo é uma substituição
do Sábado judaico
Tese: Então porque, quais
são razões da igreja separar o domingo o primeiro dia da semana como o dia do
Senhor?
1º Por causa
da ressurreição de Cristo
Um dos assuntos centrais da fé cristã: “A afirmação categórica, de que Cristo, o
Filho de Deus, ressuscitou dentre os mortos”.
Isto não é uma metáfora para com ela simbolizar uma
realidade superior. Isto é um a fato crucial para fé cristã: “Jesus ressuscitou dentre os mortos”.
O relato dos evangelhos insiste muito no detalhe de um
tumulo vazio, isto é sem o corpo de Cristo, e também em aparições após a morte
do Salvador a diversos discípulos.
O que aconteceu naquela manhã de domingo, após a
crucificação de Jesus de Nazaré?
No livro de Corintios, curiosamente, Paulo assume um
princípio falseável ao falar sobre esse assunto, ou seja, passivo de ser ou não
confirmado. E ele vai mais longe, e vai
dizer: sem essa nova páscoa, isto é sem a ressurreição de Jesus, a esperança
cristã, a cruz e o próprio cristianismo perdem completamente sua razão de
existir.
Por isso ele advoga com veemência: 1Co 15.14 “ E, se
Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé”.
Você crê isso? Você crê que se Cristo não ressuscitou
o cristianismo perde completamente seu valor? É verdade!
A ressurreição de Cristo é o “âmago” da fé cristã. É o centro, é a parte mais intima da fé cristã.
Existem tanto conceitos filosóficos acerca da
ressurreição:
(1) Que Cristo ressuscitou
apenas espiritualmente.
(2) Que Cristo ressuscitou
apenas no imaginário de seus discípulos.
(3) Que Cristo ressuscitou
apenas no sentido da sua mensagem, ele de fato morreu e está sepultado em algum
lugar da Palestina, o importante (Dizem eles) não é se Cristo ressuscitou ou
não, mas a permanecia da sua mensagem.
Por essa razão Paulo mandou um recado para os
Colossenses, cidade invade de Gnósticos. Colossenses 2:8 “Cuidado que ninguém
vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos
homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo”.
A ressurreição de Cristo foi até confirmada por
relatos históricos por pessoas que não eram simpatizantes com o cristianismo.
Flávio Josefo,
Tácito considerado o maior historiador romano da
antiguidade,
Luciano de Samósata um famoso satirista grego,
O próprio Talmud um dos livros judaicos de tradição
oral,
Certo tratado chamado “Toledot Yeshu”, um documento
judeu contra o cristianismo.
Esse fato é testemunhado não apenas pela bíblia, mas
podem ser parcialmente encontrados em vários escritos da antiguidade, fora do ciclo
de seguidores de Jesus.
O interessante desses materiais extra bíblicos é que
nenhum deles foi simpatizante ao cristianismo.
E curiosamente nenhum deles argumentou que o “tumulo vazio” era uma lenda, todos sem
exceção admitem a morte de Jesus e sua ressurreição.
Outra coisa, vamos supor “Que a ressurreição não aconteceu”. É uma invenção! Uma novela
criada pelos apóstolos de Cristo com o intuito de não deixar morrer o legado de
Jesus de Nazaré. Vamos supor que a ressureição não aconteceu.
Se os apóstolos dissessem que alma de Jesus subiu para
o “Pleroma”, ou “Mundo das ideias”, eles teriam o apoio
incontestável dos seguidores de Sócrates e de Platão.
Se eles dissessem que ele morreu por completo, mas
teve uma vida integra e justa, teria o apoio dos “Epicureus e dos Estoicos”.
Se eles dissessem que ele encarnou numa outra pessoa,
teria apoio dos seguidores de “Pitágoras”
e dos seguidores egípcios que advogavam na “Transmigração de almas” ou a Reencarnação.
A ressurreição era a menos simpática de todas as
teorias, poucos a aceitavam, e sua pregação dificultava tanta a penetração
entre os judeus quanto entre gentios.
Tanto é que Paulo e sua mensagem foram bem aceitos
pelos filósofos gregos em Atenas...
Até que ele resolveu falar da ressurreição de Jesus,
aí o assunto se tornou desinteressante, sobre isso desdenharam os gregos “Te ouviremos noutra ocasião”.
Desse modo: Se os discípulos estivessem criando um “Mito” para abafar o escândalo da cruz,
porque eles não poderiam negar que seu mestre morreu crucificado, eles teriam
outras hipóteses, ou outras teorias muito mais interessantes do que a
Ressurreição.
Assim sendo, o Cristo Ressurreto não era uma invenção,
sua história era totalmente difícil de acreditar, mas tão fantásticas que para
aqueles que a testemunharam ficaria impossível permanecer calado.
Essa então é das razões porque você deve separar o
Domingo para o Senhor. Por a ressurreição não é conto novelístico, mas é um
fato concreto. Onde muitos cristãos selaram esse testemunho com sangue.
Jesus ressuscitou no primeiro dia da semana. Para nós
cristãos, o Domingo é do Senhor, por ser o domingo da Ressurreição.
Por isso que você não deve! Se atrasar nos cultos, faltar
por qualquer motivo, assumir uma postura de indiferença durante o culto.
Por que é o culto que celebramos a vitória de nosso
Senhor sobre a morte. Ora, não estamos mais debaixo da maldição da lei, não
estamos mais debaixo da condenação do pecado.
Você deveria ter motivos de sobra para vir ao culto
com ânimo no seu coração. Mesmo que talvez cercado por problemas, aqui é o
lugar onde a morte e o pecado é lembrado como inimigos poderosíssimos,
entretanto derrotado. Porque celebramos a vida conquistada por Jesus Cristo na
sua morte e na sua ressurreição.
2º Por causa da
prática da igreja primitiva
Lucas relata nos primeiros sete capítulos de Atos à
história da igreja primitiva no seu desenvolvimento inicial.
Obviamente uma igreja missionária tende a avançar e
conquistar novos territórios expandindo assim a missão da igreja que é levar o “Evangelho aos perdidos”.
Mas foi em Jerusalém onde a igreja manteve uma posição
de liderança na comunidade cristã primitiva.
O crescimento foi rápido, outros eram acrescidos
diariamente ao número dos três mil até chegarem a cinco mil conforme Atos 4.4,
A perseguição veio incialmente de um organismo
politico-religioso, o Sinédrio, com permissão romana.
Mas tarde de cunho politico apenas, Herodes matou a
Tiago e mandou prender a Pedro.
As perseguições não cessariam ainda que é o primeiro instante
do nascimento da igreja
Nesse momento o Cristianismo também tem o seu primeiro
Mártir, Estevam é apedrejado até a morte por líderes judeus.
A igreja judaica em Jerusalém logo perdeu seu lugar de
proeminência para outras igrejas. No ano 70 todos os cristãos foram forçados a
fugir de Jerusalém. Ficando apenas alguns apóstolos
E a igreja que estava localizada em Antioquia começa
ocupar um papel fundamental para o desenvolvimento de missões estabelecendo
novas igrejas;
Entretanto, tudo isso começa dentro de um berço onde
os discípulos de Jesus faziam coisas em comum.
Atos 5.32-35 “Da multidão dos que creram era um o
coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que
possuía; tudo, porém, lhes era comum. Com grande poder, os apóstolos davam
testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante
graça. Pois nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam
terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes e depositavam
aos pés dos apóstolos; então, se distribuía a qualquer um à medida que alguém
tinha necessidade”.
Note a legitimidade da igreja na sua fase inicial. Diz
as Escrituras que a igreja estava unida no mesmo local. Eles não permitiam que
ninguém passasse necessidade. Eles estavam testemunhando ousadamente da
ressurreição de Cristo. Diz ainda no livro de Atos que a igreja se reunia para
celebrar a ceia do Senhor, estudar a Palavra de Deus, e recolher ofertas num
dia especifico da semana.
Atos 20:7 “No primeiro dia da semana, estando nós
reunidos com o fim de partir o pão, Paulo, que devia seguir viagem no dia
imediato, exortava-os e prolongou o discurso até à meia-noite”.
1 Coríntios 16:2 “No primeiro dia da semana, cada um
de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando,
para que se não façam coletas quando eu for”.
Qual é o dia da semana menciona nesses dois textos? Primeiro
dia!
O primeiro dia da semana é o dia que a igreja
primitiva se reunia para celebrar o nome do Senhor.
Assim sendo você deve reservar um dia para cultura a
Deus em coletividade. Você tem outros seus dias para você administrar da
maneira que quiser. Obviamente buscando ainda o Reino e a justiça de Deus em
primeiro lugar.
Mas como “Corpo
local”, o domingo tem sido o dia que a igreja através da história tem
dedicado ao Senhor.
No início da mensagem eu havia dito. Todos os dias é
dia do Senhor. Segunda, terça, quarta, quinta, sexta, sábado, inclusive o
domingo.
Entretanto temos concordado que como:
(1) Serviço coletivo
(2) Adoração coletiva
(3) Oferta coletiva
(4) Estudo coletivo
É o Domingo!
Por essa razão você precisa restabelecer suas
prioridades:
Acerta a roupa das crianças logo no sábado
Separa a bíblia, caderno, lápis, livro dominical
antecipadamente.
Coloque o relógio para ajudar você despertar antes do
horário de culto
Não permita que entretenimento roube você o descanso
necessário para sua mente e seu corpo de sábado para domingo.
Ore e peça ao Senhor que lhe perseverança e disciplina
para você consagrar esse dia para o Senhor
Não basta você não trabalhar secularmente no domingo. Não
basta você apenas vier á igreja.
Você deve dedicar ao Senhor esse dia. É um dia
especial; Porque celebramos a ressurreição do Senhor. É um dia especial; Porque
a igreja está única de mente e coração para servir ao Senhor. Isso é especial!
Pr. Mário Botão
Referencias
http://pt.wikipedia.org/wiki/Constantino
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_imperadores_romanos
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89dito_de_Constantino
http://novotempo.com/evidencias/
CAIRNS, Earle E, Pág 99-102 – Cristianismo através dos
séculos.
1 Coríntios 16:2 No primeiro dia da semana, cada um de vocês separe uma quantia, de acordo com a sua renda, reservando-a para que não seja preciso fazer coletas quando eu chegar. At 11:29; 2Co 8:4; 2Co 9:1; Paulo não estar falando que este dia foi feito para o descanço, e sim porque ele iria partir para a judeia e as pessoa que estivesse entereçada a doar ajudas para as pessoas daquela região!!!
ResponderExcluir• Achei interessante Paulo Eduardo a sua observação, e concordo parcialmente com você, não no sentido do contexto de 1Coríntios 16.2, está certíssimo! Mas na sua descontextualização da minha redação, em nenhum momento caro amigo foi citado que o Domingo é o dia do Descanso, pelo contrário o Domingo é o Dia da Ressurreição, pois é justamente essa a proposta, se você tivesse lido corretamente o conteúdo postado, não chegaria a esse equivoco, verifique, por favor, a introdução que cita "Pra corrigir essa tendência", Agora, permita-me pontuar enfatizando a minha convicção: "Domingo não é teu é do Senhor"; haja vista que são muitos os textos que tecem argumento do modo como à igreja primitiva se reunia enfatizando o primeiro dia da semana. E vamos como os crentes da Judeia levantar nossas ofertas no primeiro dia da semana que é o DIA que a igreja oficialmente se reunia! Abraços!
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