Falei com minha
mãe essa semana, é habitual, pelo menos uma vez por semana falo com ela por
telefone. Tentei ligar varias vezes no começo da semana, mas não tive sucesso. Até
que por volta do horário do almoço nessa terça-feira, o telefone toca, é minha
mãe. Com a voz tremula e fraca, compartilhou comigo, sem antes falar “oi”. Vou
ter que voltar para a mesa de cirurgia. Por que mãe? Porque eu fui
diagnosticada com “trombose”. E como
você está? Está com medo? Estou filho...!
Naquele momento
Deus me trouxe a memória, um texto bíblico. O texto que Deus me trouxe ao
coração do qual compartilhei com ela, para lhe confortar o coração. Foi o texto
do profeta Isaías 57.15.
E é justamente
esse texto que vou compartilhar com a igreja e responder a pergunta mais debatida
por nós seres humanos. Onde está Deus? Onde está o Senhor? Aonde eu encontro
Deus?
Leitura: Isaías 57.15 “Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem
o nome de Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito
e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o
coração dos contritos”.
Esse texto da
profecia de Isaías nos ajuda a responder essa indagação muito comum entre nós
seres humanos: Onde está Deus?
E tenho pra
mim. Que são raras às vezes. Que nos seres humanos temos a sensação de que achamos
a Deus.
A impressão que
nós seres humanos temos a respeito de Deus. É que muitas das vezes ele não é
encontrado...
Tanto que podemos
olhar para o histórico de vida de alguns personagens bíblicos. E vamos
constatar que foram poucas as vezes que Deus de fato se fez presente em suas
vidas...
Por exemplo,
Moisés! Viveu 120 anos. E nesse período de 120 anos. A bíblia registra mais ou
menos 06 vezes que o Senhor lhe apareceu. E olha que estamos falando de Moisés.
Um dos maiores ícones do Antigo Testamento. ais ou menos 06 vezes. Sendo que
uma das vezes, Moisés pede para ver a “Face
de Deus” E Deus diz assim: “A minha face nenhum homem pode ver”, você vai
ver minha sombra...
Quando nós nos
reportamos a outros personagens. Principalmente do Novo testamento,
descobriremos que essa “Epifania de Deus”.
Essa manifestação pessoal de Deus se deu ainda menor. Foram pouquíssimas as
vezes que alguém se deparou com Deus.
Apesar de que
hoje em dia muitos falam a respeito de Deus como o vizinho da casa ao lado. A
verdade é que o acesso á Deus é limitado. Foram poucas as pessoas que tiveram
um contato próximo com Deus.
Por exemplo,
Paulo, o apóstolo, um dos personagens mais destacado do Novo Testamento. Responsável
por mais de 60% dos livros do Novo testamento. Só ele escreveu 14. Você sabe
quantas vezes, Deus se manifestou a ele? Foram pouquíssimas vezes.
Você sabe
quantas vezes eu vi o Senhor? Particularmente? Nenhuma! Eu nunca o vi!
E essa falta de
resposta da presença de Deus se dá por algumas razões.
Tese: E buscaremos
responder “Como Deus se faz presente em
nosso meio”.
1º Modo como Deus se fez presente é através do
Santuário erigido no deserto
Êxodo 25.8 “E me farão um santuário, para que eu possa habitar no meio deles”.
Veja, quando
nós estudamos o livro da Lei. O livro de Levíticos. O livro da Constituição
judaica. O livro da lei de Israel. O livro que fala a respeito do Deus de
Israel. Que também é o nosso Deus...
Nós descobrimos
que Deus mandou Moisés construir: Um tabernáculo. Uma casa terrena. Uma tenda.
Para que
pudesse eventualmente descer do céu e passar alguns momentos com o seu povo. Mas
esses momentos eventuais também se dariam de modo exclusivo. Não era todo
mundo. Nem todo homem judeu poderia entrar e ter acesso a Deus...
Alias que se
diga de passagem: Nenhuma mulher judia, nenhum menino judeu, nenhuma menina
judia, nenhum rapaz judeu, nenhuma moça judia, nenhum estranho ou nenhum
estrangeiro...
Ninguém poderia
ter acesso a ele diretamente:
- Quero ter uma
conversa pessoal com Deus!
- Quero falar
com Deus face a face
- Não pode!
- Porque não?
- Porque não
pode!
Exceto o
Sumo-sacerdote. E olha que não era de qualquer jeito. Porque se fosse de
qualquer jeito o camarada morreria.
Até o sumo
sacerdote era limitado! Que era a maior posição. O mais alto posto religioso. A
mais alta autoridade. O sumo sacerdote era o único. E se não fizesse do modo
certo, certamente morreria.
Levíticos 16.2
“Então, disse o SENHOR a Moisés: Dize a Arão, teu irmão, que não entre no
santuário em todo tempo, para dentro do véu, diante do propiciatório que está
sobre a arca, para que não morra; porque aparecerei na nuvem sobre o
propiciatório”.
O acesso era
vedado. Havia uma separação brutal entre Deus e o homem. Então note não é à toa,
que há esse vazio de Deus no coração humano. Na maioria das vezes que Deus é
buscado, Ele não é encontrado. E porque não é encontrado?
O profeta Isaías nos ajuda nessa questão. Isaías 59:2 “Mas as vossas iniquidades fazem
separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de
vós, para que vos não ouça”.
Esse texto está
dizendo: Deus não se mistura. Deus não se mistura com gente pecaminosa.
A santidade de
Deus o torna quase que inacessível. Veja o que Paulo, o apóstolo falou:
1 Timóteo
6:16 “O único que possui imortalidade,
que habita em luz inacessível, a quem homem algum jamais viu, nem é capaz de
ver. A ele honra e poder eterno. Amém!”.
De acordo com
essa fala de Paulo a Timóteo. Deus é inacessível. Nenhum mortal pode
contempla-lo...
O profeta
Isaías foi um dos felizardos. Que teve o privilegio de ver um pouquinho da
glória do Altíssimo. E mesmo assim ficou apavorado. Ficou com medo de morrer. Isaias
entrou em pânico!
Isaías 6:5
“Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros,
habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o
SENHOR dos Exércitos!”.
Porque desse
temor da presença de Deus? Porque ele é Santo e eu sou impuro!
O
sumo-sacerdote que era o único que tinha acesso direto a ele. Tinha que se
submeter a toda uma lista de regras para não profanar o santuário. Ele
precisava se enquadrar dentro de toda uma exigência...
Desde um vestuário
complexo até o estereótipo do camarada. O sacerdócio não era para qualquer um...
Veja o que a
lei nos diz sobre o Sumo-Sacerdote:
Levíticos 21.16 Disse mais o SENHOR a
Moisés: Fala a Arão, dizendo: Ninguém dos teus descendentes, nas suas gerações,
em quem houver algum defeito se chegará para oferecer o pão do seu Deus. Pois
nenhum homem em quem houver defeito se chegará: como homem cego, ou coxo, ou de
rosto mutilado, ou desproporcionado, ou homem que tiver o pé quebrado ou mão
quebrada, ou corcovado, ou anão, ou que tiver belida no olho, ou sarna, ou
impigens, ou que tiver testículo quebrado. Nenhum homem da descendência de
Arão, o sacerdote, em quem houver algum defeito se chegará para oferecer as
ofertas queimadas do SENHOR; ele tem defeito; não se chegará para oferecer o
pão do seu Deus. Comerá o pão do seu
Deus, tanto do santíssimo como do santo. Porém até ao véu não entrará, nem se
chegará ao altar, porque tem defeito, para que não profane os meus santuários,
porque eu sou o SENHOR, que os santifico. Assim falou Moisés a Arão, aos filhos
deste e a todos os filhos de Israel.
Então
aprendemos que: Deus se fez presente de modo eventual, não era todo o dia, todo
momento, era eventual, uma vez por ano, com data e hora marcada. E também exclusivo
através do Santuário. E havia uma mediação. Era o sumo-sacerdote que fazia a
ponte com Deus. E mesmo para o sumo-sacerdote havia uma rígida regra para que
ele se enquadrasse. E quando ali se encontrava com Deus. A fumaça do incenso
deveria tomar todo o lugar, antes que ele entrasse.
Desse modo
podemos percebe que o acesso a Deus de fato era restrito.
2º Modo como Deus se fez presente é através de seu
Filho
1 João 1.1-2 “O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que
temos visto com os nossos próprios olhos, o que contemplamos, e as nossas mãos
apalparam, com respeito ao Verbo da vida
e a vida se manifestou, e nós a temos visto, e dela damos testemunho, e
vo-la anunciamos, a vida eterna, a qual estava com o Pai e nos foi
manifestada”.
Semana passada,
aprendemos que Deus fez homem no momento da encarnação. Deus se fez homem no
menino que nasce em Belém
Jesus é a
expressão máxima de Deus. Jesus veio para tornar Deus conhecido e acessível a
todos os homens sem distinção.
Tanto que o
profeta Isaías ao se referir ao nascimento do Messias ele é o chama: “Emanuel”
Assim sendo “Jesus é Deus conosco”. Jesus é Deus
explicito. Jesus é Deus revelado. Jesus é Deus sem véu. Jesus é Deus visto. Jesus
é Deus fora do Santuário. Jesus é acessado de modo corpóreo.
Tanto que João
quando fala a respeito de Jesus e a sua fala é íntima e tangível. “O que era
desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos próprios
olhos, o que contemplamos, e as nossas mãos apalparam, com respeito ao Verbo da
vida”.
Deus se fez
presente de modo “pessoal”. Muito
diferente da manifestação eventual feita através do tabernáculo.
Um dos propósitos
do nascimento de Jesus, além de morrer na cruz para salvar o pecador, era “revelar o pai”. Jesus é o revelador do
pai. Jesus é o apocalipse do pai. Jesus é a revelação de Deus o pai.
Simeão quando
toma o menino Jesus nos braços e faz ali seu pronunciamento de gratidão por ter
contemplado o menino Jesus ele diz “O
apocalipse aos gentios”. A revelação de Deus para os gentios através do
menino Jesus. Luz para revelação aos gentios.
João escreveu
essas palavras: João 1.18 “Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que
está no seio do Pai, é quem o revelou.”.
João está
falando categoricamente. Jesus revelou o pai! A palavra aqui para Revelação não
é apocalipses é exegese. Jesus veio revelar de modo detalhado a nos contar algo
que ninguém jamais em todo tempo ou lugar, jamais havia visto... Deus o pai!
Você se lembra
dessa fala? Êxodo 33.20 “E acrescentou: Não me poderás ver a face, porquanto
homem nenhum verá a minha face e viverá”.
Você percebe a
importância que é o fato de Jesus ter nascido? Jamais poderíamos acessar a Deus
de modo tão pessoal e humano se não fosse através de seu Filho Jesus.
Jesus em sua
oração sacerdotal. Ele literalmente agradece a Deus pelo privilégio que ele
Jesus tem de conduzir as pessoas até Deus o Pai.
João 17.25-26 “Pai justo, o mundo não te conheceu; eu,
porém, te conheci, e também estes compreenderam que tu me enviaste. Eu lhes fiz
conhecer o teu nome e ainda o farei conhecer, a fim de que o amor com que me
amaste esteja neles, e eu neles esteja”.
Você entende o que João está insinuando? Ninguém
poderia jamais conhecer a Deus o Pai, Se Jesus não o revelasse.
João disse: O mundo não o conheceu. Verdade! Ninguém
era capaz de conhecê-lo...
Por isso é importante que Jesus viesse a esse mundo. Porque
ele veio revelar o pai!
3º Modo como Deus se fez presente é através da relação
de amor dos santos
1 João 4:16 E nós conhecemos e
cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor, e aquele que permanece no
amor permanece em Deus, e Deus, nele.
É muito revelador estudar a Bíblia. Porque o livro
Sagrado nos mostra aquilo que não poderíamos aprender de outro modo.
Entretanto, para nos seres humanos do século 21. Onde
o acesso ao tabernáculo é história do passado. E onde a história de Jesus
também é uma história do passado
Vivemos uma expectativa angustiante. Porque não temos
o santuário, o santuário é história do passado.
Vivemos uma expectativa angustiante. Porque não temos
o menino Jesus aqui conosco, o menino Jesus já cresceu, viveu no meio de seus
contemporâneos, morreu, ressuscitou e desde então subiu aos céus e lá esta, no
seio do pai...
E não desfrutamos de provas físicas nem do santuário e
nem do menino Jesus. Mas alguém diria...
Mas temos a Bíblia! A Bíblia nos conta essa
experiência que esses homens tiveram no passado.
E o apelo que nos vem através da pregação. Para nós
cidadão dos céus do século 21... É que pela “Fé” vamos viver e não somente
isso, mas seríamos consolados até a volta do Senhor.
Mas tenho pra mim, que isso não é suficiente... Para muitos
de nós, não! Ainda há um vazio de Deus...
É certo de que cremos em Deus, E pela fé recebemos
tudo aquilo que nos foi deixado pelo livro sagrado.
Mas, a nossa relação com o divino é distante! Deixe-me
dar um exemplo:
Quando alguém vem dizendo da sua experiência com o
sagrado á você, como você reage? Alguém diz: “Eu tive um sonho...”. Ou, alguém diz: “Ontem Deus foi a minha casa”. Ou dissesse: “Deus falou comigo...”. Comigo
também... Mas como ele falou com você? Através da bíblia? Não, ele falou comigo
com voz audível... Você pode não dizer, mas você não acredita... Não é
verdade?!
Falando a verdade, para nós: É um caso psiquiátrico...
Ou o camarada é místico... Ou o camarada é pentecostal... Ou o camarada tem uma
mente muito fértil
Então falar da experiência com Deus é muito difícil. Nós
que temos uma herança fundamentalista ortodoxa. É quase que imperceptível à nossa
relação com Deus. A nossa relação com o sagrado se dá quase que exclusivamente
intelectual. Fatos teóricos.
Mas a pergunta é a seguinte: Biblicamente a nossa
relação com Deus se dá apenas intelectualmente? Por que se for só isso, somos
infelizes... E pior isso não se sustenta ao longo da vida e nem do livro
sagrado
Por isso que muitos abandonam, a fé cristã, deste lado
do cristianismo. Ninguém consegue viver apenas na expectativa do amanhã... Um
dia Jesus vai voltar... Um dia seremos transformados... Um dia seremos livres definitivamente
do pecado... Amém, por essas promessas!
Mas a pergunta é: E hoje? A bíblia ensina que devemos
viver cada dia o seu dia. O amanhã trará o seus cuidados...
Assim sendo, vivemos com esta sensação, deste lado do
céu... Que estamos sozinhos... A mente está condicionada as promessas... Andamos
pela fé... E bem aventurados somos, por causa disto!
Mas a sensação de que estamos distante do divino é
incontestável. Por quê? O que é que nos falta? O que a bíblia nos ensina a
respeito desse assunto?
1 João 4.16 “E nós conhecemos e cremos no amor que
Deus tem por nós. Deus é amor, e aquele que permanece no amor permanece em
Deus, e Deus, nele. Nisto é em nós aperfeiçoado o amor...!
Esse texto está nos ensinando: Que Deus não se fez
presente apenas no Santuário, mesmo que restrito. Que Deus não se fez presente
apenas no filho, mesmo que a plenitude de Deus habite em Cristo...
Mas esse texto está dizendo que Deus se faz presente
nas relações de amor entre os santos. Deus é amor! E se Deus é amor! Deus é
necessariamente relação.
Por isso que o Senhor nosso Deus é triúno. É relação
de amor entre as pessoas da trindade. O nosso Deus é Pai, Filho e Espírito
Santo. O nosso Deus é a comunhão perfeita entre três pessoas, que vive uma
relação de amor desde a eternidade. Relação essa de onde nascemos.
O amor não é egoísta, o amor se dá. O amor se doa. Nada
mais coerente afirmar que Deus é uma relação de amor eterna. E nós que nascemos
de Deus, e que fomos criados a imagem e semelhança de Deus. Também somos seres
chamados e vocacionados para as relações de amor.
E que quanto mais verdadeira as nossas relações de amor, mais de Deus nós experimentamos. O oposto é verdadeiro. Quanto mais egoísmo... Quanto mais individualismo... Quanto mais privatismo... Quanto mais isolacionismo...
Essa é a minha vida e ninguém tem nada haver com isso.
Cada um com seus problemas. Você pra mim é problema seu! Quanto mais disso,
menos de Deus! Quanto mais longe de você estou, mais longe de Deus eu estou!
Não necessariamente longe de Deus. Mas com certeza
mais longe da experiência de Deus. Da possibilidade de experimentar Deus. De perceber
Deus. De sentir Deus
Porque será da nossa sensação de um Deus ausente? Não
se explicaria por isso...? Queremos buscar Deus lá em cima... Queremos buscar
Deus lá na história... Queremos buscar Deus lá no interior da mente...
Quando Deus está na face do nosso irmão! Na face do
nosso próximo! Na face do nosso vizinho!
Deus está nas relações de amor. Nós experimentamos
Deus nas relações de amor. Veja relações de amor são relações de desinteresse. São
relações de pureza. São relações de auto doação.
Por isso é tão raro termos essas experiências de que
Deus está aqui! Porque é muito raro que a gente esteja esvaziada de nossos
próprios interesses.
1 João 4.16 “E nós conhecemos e cremos no amor que
Deus tem por nós. Deus é amor, e aquele que permanece no amor permanece em
Deus, e Deus, nele. Nisto é em nós aperfeiçoado o amor...!
É nesses encontros de amor com o próximo. Que o amor
de Deus inunda o meu coração. E quanto mais inundado com o amor de Deus mais
nos encontramos com outros. Quanto mais nos esquecemos de nós mesmos, mas
experimentamos de Deus.
Certa vez, eu estava cheio de perguntas, cheio de
duvidas, muitos problemas, e nessa hora a gente procura um amigo para
desabafar... Entrei em contato, e aquele desejo de falar, de compartilhar as
frustrações, de ouvir conselhos e tudo mais... Entretanto, na medida em que o
tempo foi passando ele começou a falar e não parava mais de falar... E ele não
é muito de falar de seus problemas, mas falou, falou e falou... E vi que não
estava conseguindo espaço para falar... E comecei a ficar aborrecido. Até que
Deus colocou no meu coração: Mário não dá pra você se esquecer de você um
pouco? Não dá pra você deixar de lado seus problemas, por causa do seu amigo?
Você não pode dedicar um pouquinho do seu tempo, da sua atenção, do seu ouvido?
Você só pensa em você?
E nessas horas eu me lembro de João! Que Deus está nos
encontros de amor. Deus está neste breve instante que nós conseguimos sair de cena, para nos colocar
inteiramente a disposição das pessoas.
Você percebe as pessoas próximas de você? Você serve
as pessoas próximas de você de todo seu coração?
Porque a gente fala muito das pessoas de fora. Fora
até no sentido de família... Falamos do irmão... Falamos da irmã... Falamos do
pastor... Falamos do missionário que está com câncer...
Nós falamos de tantas pessoas, mas justamente das
pessoas mais próximas. Elas são a que menos experimentam a nossa doação. Elas
são as que sofrem mais a nossa desatenção. A nossa negligencia... A nossa
displicência...
É o marido que é esquecido... É a esposa que é
esquecida... São os filhos... É a mãe... É o pai...
E agente não presta mais atenção neles. Deixe-me dar
um recado a você... 1 Timóteo 5:8 “Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e
especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o
descrente.”
Nesse natal: Não pense muito em você mesmo... Aquilo
que você não ganhou... Naquilo que você queria ganhar... Naquilo que você
pensava que queria ganhar. Pense menos em você. Para que de Deus você
experimente mais!
Conclusão:
Quero encoraja-las a considerar a possibilidade de que
seu marido precisa mais de você do que você dele.
Quero encoraja-los a considerar a possibilidade de que
sua esposa precisa de você do que você dela.
Quero encoraja-los a considerar a possibilidade de que
seus pais precisam mais de você do que você deles.
Quero encoraja-los a considerar a possibilidade de que
seus filhos precisam mais de você do que você deles.
Quando decidirmos vivermos mais para os outros e menos
para nós. Mais de Deus, experimentaremos. E deixaremos de viver com essa
sensação de falta do divino. Deixaremos de viver intelectualmente para vivermos
de modo prático. Deixaremos de ser apenas ouvintes para sermos praticantes. Deixaremos
de ser parecido conosco para ser parecidos com ele.
Deus se faz presente nas nossas relações de amor com o
próximo. Que o espírito de Jesus encha seu coração de Deus e que a plenitude do
Espírito de Jesus inunde em ações de amor com o teu próximo
Quantos de vocês podem dizer: Pastor eu vou prestar atenção no meu próximo para que o amor de Jesus
inunde o meu coração e esse vazio de Deus desapareça!
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