sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Seguindo os passos


Existe uma tendência natural em queremos imitar aquilo que admiramos. Essa tendência natural pode ser observada desde a mais tenra idade. As crianças naturalmente imitam aquilo que acham interessantes e atraentes.

Na Faculdade tenho aprendido algumas coisas interessantes. Como as “Etapas do desenvolvimento do raciocínio infantil”.

Por exemplo:

Crianças de 0 até 2 anos aprendem de uma maneira “Sensorial motora”. O que é isso? O raciocínio se desenvolve através dos movimentos. Colocar objeto na boca... Apalpar coisas... Colocar os objetos no ouvido... Em São Paulo, na igreja Betel, tem uma irmã que é a chefe que enfermagem, ela diz que é “inacreditável o que uma criança pode colocar dentro do ouvido”. O raciocínio se desenvolve através dos movimentos.

Agora, crianças de 03 anos até 07 anos o desenvolvimento do raciocínio é diferente. Elas aprendem de uma maneira “Pré-operacional”. O que é isso? O contato com a realidade se dá através da imagem simbólica. É a fase onde ela fala consigo mesma, ela vive uma faz de conta. O raciocínio se desenvolve através de converter um fato real em simbólico. É o período da fantasia e da imaginação

Entender esses processos nos ajuda até desenvolver a melhor maneira de educar. Então essa idade dos 03 até os 07 anos a criança desenvolve uma habilidade de reproduzir simbolicamente aquilo que admira.

O problema que às vezes aquilo que se admira: É ruim... É mal... É pecaminoso...

E é justamente nessa idade que os traços de personalidade se desenvolvem. E corremos o risco de criar pequenos “Monstrinhos”. Ou podemos contribuir para que a criança seja temente a Deus, cordial e educada.

Então perceba nós seres-humanos: “Seguimos modelos de imitação

Você já se surpreendeu imitando alguém que você conhece? Nós cristãos, precisamos de referencias... Por essa razão, Deus espera que nós imitemos seu Filho amado, Jesus Cristo.

E Pedro falou exatamente sobre esse assunto:

Leitura: 1 Pedro 2:21-23 “Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos, o qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca; pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente.”

Pedro descreve alguns fatos regulares na vida de Cristo que o torna uma referencia concreta para nós cristãos.

Tese: Quais são esses fatos regulares na vida de Cristo que o torna uma referencia concreta para nós cristãos?

1º Fato encontrado em Cristo que serve de exemplo para que eu imite: É sua disposição em sofrer pelos outros.

1Pedro 2.21 “Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos”.

Jesus sofreu em nosso lugar. É novidade que Jesus não morreu ou sofreu pelos seus próprios pecados? É novidade?

Obviamente que Jesus não morreu pelos seus próprios pecados. Porque não? Porque ele não tinha pecado!

Então, se ele sofreu e morreu, por quem ele sofreu e morreu? Obviamente que foi por nós!

A vida de Cristo foi uma vida a favor do outro. Nunca a favor de si mesmo

Jesus passou por: Situações desagradáveis. Momentos angustiosos. Ocasiões perturbadoras

Por pessoas que eram imerecedoras. Ou seja, ninguém merecia o que ele fez! Nenhuma pessoa era digna da sua dor!

Quando a Bíblia nos ensina para seguirmos seus passos. A Bíblia está falando que precisamos nos dispor para sofrer por pessoas que também não merecem seu sacrifício

Você já viu pessoas desistindo de: Casamento. Igreja. Trabalho. Relacionamentos

Porque pensam assim: “Tal sacrifício não vale a pena!”.

Foi exatamente isso que Cristo decidiu não fazer. Ele olhou para uma humanidade: Perdida. Ímpia. Profana. E ele pensou: Meu sacrifício vale a pena!

Pedro está dizendo: Vale a pena sofrer pelos outros! Siga esse exemplo de Cristo

Quando você estiver pensando em desistir. Lembre-se ele (Cristo) poderia ter desistido de você, mas ele não o fez. O que te faz pensar que você deve desistir de sofrer por pessoas?

2º Fato encontrado em Cristo que serve de exemplo para que eu imite: É sua disposição em resistir o pecado.

1Pedro 2.22 “O qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca”.

O que é Pecado? Veja o que João falou o que é pecado: 1 João 3:4 “Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei”.

Pecado segundo João é “Violar a lei de Deus”.

Existem muitas conversas sobre quem é Jesus? Mas tudo o que o povo diz sobre Jesus é verdade?  Jesus seria apenas um bom mestre? Jesus seria apenas um bom exemplo? Jesus seria apenas um excelente professor?

Se Jesus fosse detentor apenas de bons atributos morais, nós teríamos um grande problema! Por que ele afirmou ser o “Santo de Deus”. Ele afirmou não ter pecado alguns.

Se Cristo tivesse pecado, ele não somente seria um mentiroso. Pelas suas asseverações. Como também seria um louco. E ele não seria diferente de Satanás.

E nesse caso nem mestre, nem exemplo, nem professor, nem um homem bom ele seria! Porque ele teria mentido sobre que ele é!

Mas Jesus é exatamente quem ele afirmou ser. Ele nunca pecou!

Como isso é possível para um homem? A resposta é Cristo foi gerado pelo Espírito Santo. Jesus é um ser humano diferente de Adão.

Jesus não veio da semente de Adão, por isso não herdou o pecado. Mas também nunca cometeu pecados.

Pedro citou: “O qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca”. 1Pedro 2.22

Como podemos aplicar essa verdade sobre nossas vidas? A pesar de possuirmos a natureza do pecado, e nesse sentido somos diferentes de Cristo, porque ele não possuiu a natureza de Pecado.

Mas aqueles que receberam a Cristo receberam de Deus uma nova natureza

Como Paulo citou: 2 Cor 5.17 “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.”

Assim sendo podemos inutilizar a natureza pecaminosa pela “Graça de Deus”. A bíblia nos ensina e nos encoraja a fazer morrer a natureza que tem prazer na realização do pecado.

Precisamos agir de tal modo que pecado possa morrer nas nossas vidas. Existe pecado involuntário? É lógico que não! Todo pecado nasce de uma decisão. Quando pecamos escolhemos pecar!

É justamente nesse momento que nos vem a exortação de Pedro. Não dê ocasião a carne. Pelo contrário, não faça o que seja o vosso querer

E quando eu faço isso: Quando eu ajo essa maneira. Eu estou seguindo os passos de Jesus.

Eu não somente estou disposto a sofrer pelo outro, como ele sofrer! Mas estou disposto a não pecar contra Deus, como ele não pecou!

3º Fato encontrado em Cristo que serve de exemplo para que eu imite: É sua disposição em confiar em Deus em tempos conflituosos

1Pedro 2.23 “Pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente”.

Quantos de vocês já tiveram ou tem problema com pessoas? Eu acredito que todos nós temos nossas diferenças! Todos nós temos nossos conflitos interpessoais! Todos nós temos momentos de atrito com pessoas!

Será que Jesus teve conflitos com pessoas? É obvio que sim!

Jesus teve problemas com: Os fariseus. Os saduceus. Os samaritanos. Os herodianos. Os soldados romanos. Os reis. Os governadores e Pessoas comuns

A diferença foi à maneira como ele lidou com esses conflitos. Será que Jesus foi a algum momento injustiçado? É obvio que sim!

Será que Jesus foi a algum momento motivo de zombaria? É obvio que sim!

Será que Jesus foi a algum momento agredido verbalmente? É obvio que sim!

Será que Jesus foi a algum momento agredido fisicamente? É obvio que sim!

Será que nós podemos correr o risco de ser de alguma maneira: Injustiçado? Zombado? Agredido verbal e fisicamente? É obvio que sim!

Mas como é que devemos lidar com essas questões? Como é que Jesus lidou? Como é que a bíblia sinaliza para mim sobre essa questão

O que foi que Jesus fez que pode me servir de motivação para fazer igual?

Veja novamente o texto: 1Pedro 2.23 “Pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente”.

Irmão, precisamos aprender: A confiar em Deus antes de reagir!

Veja, não é simplesmente: Não reagir. Contar a até 10, como na propaganda do “Aranha”, lutador de MMA. Não é nada disso,

Não adianta não reagir. E ficar corroendo ódio no seu coração. Muitas pessoas são assim... Não reagir fisicamente, mas reagem mentalmente. Quero dizer a vocês que é a mesma coisa!

É necessário fazer o que Cristo fez... Não simplesmente o que ele não fez! O que foi que ele fez? O que foi que ele não fez?

Vamos começar pela segunda: O que ele não fez? Ele não revidou com ultraje, ou seja, ele não ofendeu, insultou ou humilhou quem quer que seja, que ele tenha sido ofendido, insultado e humilhado. Ele não revidou com fez ameaças, ou seja, ele não ficou chantageando, fazendo intimidações. Ele não fez isso!                      

Mas, o que foi que fez? Que nós precisamos aprender. Ele verdadeiramente confiou em Deus

Ao ponto de acreditar que Deus iria trazer a paga para aqueles que estavam fazendo o mal. Ele descansou em Deus que na hora certa, “Deus iria trazer justiça”.

O nosso maior problema não o que nós não fazemos, mas aquilo que deixamos de fazer. Porque pode ser que você seja uma pessoa, que não reage, mas não quer dizer que o fato de você não reagir você confia em Deus.

Pode ser que você seja uma pessoa que reaja, mas por que tanto sofreu consequências, acabou aprendendo a não reagir, isso também não quer dizer que você seja uma pessoa que confie em Deus.

Irmãos, não é apenas não reagir. Mas é agir da forma certa
Faça uma analise no seu coração. Quantas foram às vezes que você não reagiu, mas interiormente cometeu pecado, como por dentro reagiu? Quantas vezes realmente você não reagiu porque você creu que Deus iria tratar daquela situação da melhor forma?

Conclusão:

Jesus é a minha referencia. Devo me esforçar para imita-lo; Devo aprender a me dispor para: Sofrer pelos outros como ele sofreu. Esforçar para fazer morrer a natureza do pecado e decisões pecaminosas. Procurar confiar em Deus e não somente não reagir.

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