Se você está
com dificuldade de lidar com pessoas você deve buscar respostas em Deus.
Mesmo que
você esteja enfrentando uma situação muito complexa que envolve dor, tristeza e
talvez decepção. Deus é a resposta para você.
1º porque
ele te conhece e conhece o outro.
2ª ele sabe
o que é ofensa, porque todos os seres humanos o ofendem.
Se existe
uma pessoa que foi mais ofendida, por um número maior de pessoa, por um período
de tempo mais longo, com certeza essa pessoa é Deus!
Quando você
chega para ele e diz: Pai, estou sofrendo por que fui ofendido. Tenha a certeza
de que Deus sabe exatamente o que você está falando. Por que tem sido ofendido.
E você talvez têm contribuído para ofendê-lo. Deus é a resposta para você
diante de uma ofensa
Porque é tão
significante a experiência do perdão? Porque o Perdão é uma das experiências
mais importantes? Porque quando não somos perdoados, sofremos? Porque quando
não liberamos o perdão, também sofremos?
Quando Jesus
ensina sobre os passos que o ofendido deve dar em direção ao seu agressor. Pedro
traz então um questionamento para Jesus. Provavelmente porque esse assunto o
incomodou.
Você já
ficou chateado com um assunto que esta sendo tratado. Porque falava diretamente
sobre uma situação que você estava inserido? Alguém contou! Quem foi o
linguarudo! As vezes ninguém contou! O fato simplesmente veio á tona! Mas você
é acometido de uma raiva. Que se pudesse: Rodava a baiana!
Quando Jesus
ensina os passos que o crente deve dar em direção ao ofensor. Pedro
possivelmente começa a pensar sobre possibilidades. Indagando.
Não
questionado a legitimidade do ensino de Cristo Mas até onde eu vou com isso.?
Como se Pedro
dissesse: Eu sou a vitima... Eu fui agredido... Eu fui violado... Eu fui
ofendido... E sou eu que devo buscar reconciliação?
E é
exatamente esse o ensino de Jesus, Pedro pegou a ideia. É a vitima que busca o
perdão do seu agressor. É a vitima que deve dar o primeiro passo, porque ela
foi a ofendida.
Parece que
não faz sentido. Mas qual é a lógica da coisa? Pare para pensar! Quando Adão e
Eva pecaram contra Deus! Quem foi que buscou primeiro a reconciliação se não
foi Deus? Quem foi que deu o primeiro passo se não foi Deus? Quem foi aquele
que buscou primeiro, se não foi Deus? Quem foi? Então qual é a lógica?
Se Deus,
sendo Deus, nunca errou, sempre fez o certo: Foi buscar reconciliação! Ele Foi
atrás! Foi Ele que deu o primeiro passo, não foi Adão... Quem foi pessoalmente
falar com Adão, foi Deus! Adão foi o agressor. Deus foi a vitima. E foi Deus, a
vítima, o ofendido, o agredido que foi buscar reconciliação.
Nesse ponto
Pedro nem questiona. Porém uma coisa o incomoda.
Tudo bem, eu
vou ceder! Eu dou esse passo, por mais difícil que seja...
Mas eu tenho
uma pergunta: Mas quantas vezes farei isso? Quantas terei de tolerar? Quantas
vezes? Quantas vezes devo perdoar um mesmo irmão que insiste em me ofender? O
cara pisou na bola comigo de novo. O camarada é o rei de pisar na bola. E eu
vou atrás de novo? Quantas vezes devo liberar perdão?
Note
atentamente a resposta de Jesus. Mateus 18.21-22 “Então, Pedro, aproximando-se,
lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu
lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete
vezes, mas até setenta vezes sete.”.
Será que
essa resposta de Jesus. Satisfaz a Pedro? Supre esse questionamento de Pedro? Traz
alivio para um coração de possibilidades?
Irmãos é
fato! A bíblia não foi escrita para: Satisfazer quem quer que seja. Suprir
questionamentos. Trazer alívio para um ego ofendido.
A bíblia foi
escrita, para revelar simplesmente a vontade de Deus. Independentemente. Se
aquilo me agrada ou não. Se aquilo me satisfaz ou não.
Alias muito
daquilo que a bíblia ensina vai CONTRA a minha natureza. Ou seja, naturalmente.
Intuindo. Eu faria o contrário daquilo que a bíblia me recomenda. Você por
experiência de existência já deve ter percebido isso.
Pedro goste
ou não do procedimento cristão. É assim que funciona! É assim que Deus quer! É
assim que devemos agir!
Uma coisa é
certa, Pedro aprendeu uma lição importantíssima: Não deve existir limites para
perdoar um mesmo irmão pelas suas ofensas. Devo perdoá-lo quantas vezes for
necessário! Devo perdoá-lo quantas vezes ele me ofender! Não deve haver limites
em mim mesmo para o perdão.
Para
reforçar esse ensino Jesus conta uma história, que servirá de ilustração. Vamos
nos atentar para essa parábola.
Mateus 18.23-34
“Por isso, o reino dos céus é semelhante a um rei que resolveu ajustar contas
com os seus servos. E, passando a fazê-lo, trouxeram-lhe um que lhe devia dez
mil talentos. Não tendo ele, porém, com que pagar, ordenou o senhor que fosse
vendido ele, a mulher, os filhos e tudo quanto possuía e que a dívida fosse
paga. Então, o servo, prostrando-se reverente, rogou: Sê paciente comigo, e
tudo te pagarei. E o senhor daquele servo, compadecendo-se, mandou-o embora e
perdoou-lhe a dívida. Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus
conservos que lhe devia cem denários; e, agarrando-o, o sufocava, dizendo:
Paga-me o que me deves. Então, o seu conservo, caindo-lhe aos pés, lhe
implorava: Sê paciente comigo, e te pagarei. Ele, entretanto, não quis; antes,
indo-se, o lançou na prisão, até que saldasse a dívida. Vendo os seus
companheiros o que se havia passado, entristeceram-se muito e foram relatar ao
seu senhor tudo que acontecera. Então, o seu senhor, chamando-o, lhe disse:
Servo malvado, perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste; não devias
tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como também eu me compadeci de
ti? E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que lhe pagasse
toda a dívida.
Essa parábola
contada por Cristo traz consigo três personagens, porém num mesmo contexto que
é a “Ofensa”.
Eles estão
passando pela mesma situação. O caso é o mesmo. O problema é o mesmo. O que
muda é a intensidade do problema. Para um o problema é uma pouco maior e um
pouco mais complexo. Para outro o problema é menor, fácil de resolução, mas não
deixa de ser um problema.
O texto de
Jesus traz três personagens principais: Um rei, um servo e um conservo (Servo
do sevo)
Cada um
desses personagens simboliza uma situação aparentemente comum para todos nós. O
rei é Deus, sempre Deus. O servo é você. E o conservo é qualquer pessoa próxima
de você. Seu amigo. Seu irmão. Seu colega. Qualquer pessoa próxima a você
Jesus ensina
que o rei chamou um servo que lhe devia certa quantia. Veja o texto: Mateus
18.23-24 “Por isso, o reino dos céus é semelhante a um rei que resolveu ajustar
contas com os seus servos. E, passando a fazê-lo, trouxeram-lhe um que lhe
devia dez mil talentos.”.
Dez mil
talentos: São milhões de moedas de prata. Para trazer esse valor numa
compreensão mais próxima da gente. O rei estava cobrando 450 Quilos de moedas
de Prata. Uma soma considerável, convenhamos! Um montante significativo. Dez
mil talentos equivalem há 450 kg de moeda.
Mas o rei
diante da miséria daquele servo: O perdoou. O rei foi misericordioso. O Servo
não merecia. O servo não era digno. O servo ofendeu o rei
E nessa
história quem foi atrás? O ofensor ou o ofendido?
Quem foi
atrás? O agressor ou vitima?
Obviamente que
foi o ofendido, a vítima! O rei foi atrás! O rei chamou para conversar! O rei
foi atrás!
Jesus coloca diante de seus
discípulos, outra situação, mas dentro do mesmo contexto de “Ofensa”.
Veja o
texto: Mateus 18.28-29 “Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus
conservos que lhe devia cem denários; e, agarrando-o, o sufocava, dizendo:
Paga-me o que me deves. Então, o seu conservo, caindo-lhe aos pés, lhe
implorava: Sê paciente comigo, e te pagarei.”
Jesus
continua dizendo e relatando que esse mesmo servo que acabou de se livrar de
uma divida de 450 Quilos de moedas de prata. Encontra pelo caminho um de seus
conservos. Esse conservo também lhe devia certa quantia
Mas você
nota que essa narrativa de Jesus tem um agravante. A postura desse homem.
O
comportamento desse homem revela uma pessoa. Ingrata e muito impiedosa
Ele reage
com agressão. Agressão física e verbal. Ele ameaça, intimida, ele chantageia...
O problema desse homem é muito maior do
que se imagina
Esse conservo
lhe devia 100 denários que era uma moeda Romana. Era o valor correspondente a
um dia de trabalho.
Fazendo um
paralelo entre as dívidas O servo devia 450 kg e o rei perdoou. O conservo
devei apenas, 4kg.
Veja a
diferençada divida. Um devia 450 e foi perdoado. O outro devia 4 e não foi
E além do
mais, o infeliz. Maltratou... Agrediu... Violentou...
E o rei: Usou
de Misericórdia. Teve compaixão. Perdoou completamente a divida. E o tratou com
respeito e dignidade
O que é que
a gente faz com pessoa assim? Se você não pensou, com certeza iria pensar:
Quanto tempo
esse servo do rei iria levar para quitar sua divida. Veja o rei até que
rabiscou uma solução para a quitação do débito. Vende ele, a mulher e os
filhos... E tudo o que ele tem... Com certeza esse valor com as vedas não supriria
a divida.
Mas, pelo
menos o rei não sairia totalmente no prejuízo. Nessa altura o servo rogou por
misericórdia e foi atendido. Ao ser atendido quem saiu no prejuízo? Foi quem
perdoou. O rei saiu no prejuízo! O servo saiu complementa aliviado e livre. Foi
perdoado... Não tem mais divida... Pode ir livremente...
Porém ele
não usou da mesma misericórdia que recebeu do rei. Ele demonstrou ser uma
pessoa “Má”, como o rei esmo disse!
Mateus 18.32 “Então, o seu senhor, chamando-o,
lhe disse: Servo malvado, perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste”.
O rei disse:
Você é mal! Você tem um coração mal! Você é ruim! Não deveria você perdoou o
seu conservo? Como eu te perdoei? O seu valor não era infinitamente maior do
que esse divida insignificante do seu conservo? Eu não te perdoei? Porque você
não perdoou? Eu sei a resposta: Porque você é mal!
O rei,
simplesmente agiu com a mesma severidade que ele havia semeado. O rei lançou
aquele servo impiedoso na prisão que sofria a dor da sua própria maldade.
Esse relato
de Jesus traz uma aplicação sem igual para todos nós. Jesus usa esse exemplo
para nos ensinar. Todos nós tínhamos uma divida incalculável contra o rei. No
mínimo 450 kg de divida. E o teu irmão te deve não mais, quando te ofende 4kg. E
você recebe de bom grado o perdão de Deus e não concede perdão a teu irmão que
te deve o valor tão baixo?
Todos nós
tínhamos uma dívida impagável contra Deus. Ele nos perdoou. Ele nos perdoou
completamente. Tratou-nos com respeito e com dignidade. Não levantou a voz. Não
me agrediu
Pelo
contrário. Ele foi agredido. Ele foi violentado. Ele foi injuriado. Ele foi
maldito
Eu não! Eu fui
tratado com dignidade e respeito sem merecer.
Será que é
certo eu ser tão impiedoso e malvado? De que adiante ser livre se você não faz
bom uso da sua liberdade. Então é melhor que sofra eternamente na prisão. Foi
isso que o rei fez, colocou esse servo impiedoso na prisão.
Mateus
18.31-34 “Vendo os seus companheiros o que se havia passado, entristeceram-se
muito e foram relatar ao seu senhor tudo que acontecera. Então, o seu senhor,
chamando-o, lhe disse: Servo malvado, perdoei-te aquela dívida toda porque me
suplicaste; não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como
também eu me compadeci de ti? E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos
verdugos, até que lhe pagasse toda a dívida.”
Irmãos! Cuidado
com a maneira que você lida com seus ofensores. A bíblia diz: Não vingueis a vós
mesmos!
Note como
Jesus termina esse ensino; Mateus 18.35 “Assim também meu Pai celeste vos fará,
se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão.”
Essa
parábola é um tremendo de um ensino. Tome muito cuidado com sua ingratidão e
sua maldade.
Deus vai
usar com você da mesma medida que você tem medido seus irmãos. Tome muito
cuidado.
Vamos
terminar lendo outro texto: Efésios 4.31-32 “Longe de vós, toda amargura, e
cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia. Antes, sede
uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros,
como também Deus, em Cristo, vos perdoou.”
Quantas
vezes você deve perdoar um mesmo irmão que pecou contra você várias vezes? Quantas
vezes forem necessárias. Não precisa gritar. Não preciosa ficar amargurado. Não precisa de
cólera e ira. Não precisa de malícia e nem maldado. Apenas perdoe!
O perdão
livra a pessoa da ofensa, mas não das consequências. Quem praticou a ofensa vai
sofrer os resultados do pecado. Mas nós temos o dever bíblico e de consciência
cristã para perdoar quem quer que seja, e qual quer que seja o pecado.
Pr. Mário
Botão.